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Fifa é incapaz de se reformar e requer intervenção, diz pivô de denúncia

Terceiro Tempo
Imagem: Terceiro Tempo

Do UOL, em São Paulo

26/11/2014 15h52

Mesmo com todas as denúncias de corrupção e investigações conduzidas quanto ao processo de escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022, nada deve mudar na entidade, de acordo com uma das responsáveis pela denúncia mais recente. A australiana Bonita Mersiades afirmou, em texto publicado pela CNN, que a entidade é incapaz de se reformar e precisa de intervenção.

"A Fifa é incapaz de reformar si própria, e é o momento de aqueles de nós que amam o jogo e que jogam pedir aos patrocinadores, redes de transmissão e governos que intervenham para nos dar um novo órgão já", afirmou Mersiades, uma das duas pessoas identificadas pelo relatório preparado pelo investigador Michael Garcia sobre a escolha de Rússia e Qatar para sede das Copas de 2018 e 2022.

Ela foi identificada como "dedo duro" nas investigações e ainda classificada como "não-confiável". Mersiades trabalhava como chefe de relações públicas da Federação de Futebol da Austrália e foi demitida depois de opor à contratação de dois consultores, Peter Hargitay e Fedor Radman, para trabalhar na candidatura do país ao Mundial de 2018.

No texto, a ex-dirigente afirma que não se surpreende com os resultados da investigação, divulgados recentemente e que negam a existência de corrupção. Isso porque o processo foi feito pela Fifa para investigar a si própria, o que já é suspeito por si só. De acordo com Bonita Mersiades, só uma mudança radical vai devolver credibilidade ao futebol mundial.

"Governos, patrocinadores e redes de mídia deveriam cobrar uma administração de tempo limitado, liderada por alguém proeminente com capacidade de desenvolver uma nova constituição, políticas de governança e novas eleições - em outras palavras, uma reforma para o estilo do Comitê Olímpico Internacional", complementou.