Grêmio teme que Operação Lava-Jato trave finalização de compra da Arena
A negociação para compra da Arena pelo Grêmio está prestes a ser finalizada. As partes estão acertadas e apenas documentos são formalizados pelos departamentos jurídicos das partes. No entanto, a Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, pode travar um pouco o cronograma. O clube teme que a investigação sobre a empresa reflita na parte burocrática do acerto.
Os passos derradeiros da compra da Arena são simples, mas importantes. O contrato, após redigido, precisa ser aceito pelo Conselho Deliberativo do clube e posteriormente assinado pelas partes.
Com isso, a OAS e o Grêmio passarão para a 'troca de chaves' entre Olímpico e Arena. E aí, um entrave pode ocorrer. Como a empresa está sob investigação, um eventual bloqueio de bens pode dificultar a saída de qualquer registro da empreiteira sobre a Arena, para que ela se torne posse unicamente do clube.
Não há, nos bastidores gremistas, preocupação em relação a interlocução com a empresa, mas o sentimento que a operação possa dificultar neste ponto.
Além disso, a Arena está sob financiamento dado pelo BNDES para OAS. É necessário pagamento e fim do processo de garantia para que o clube aceite entregar o Olímpico. Outro ponto de dúvida com a investigação.
A Operação Lava Jato foi deflagrada pela Polícia Federal em março deste ano e já conta com sete fases. A investigação busca detalhes de um grande esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, empreiteiras e políticos. O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, foram os primeiros a serem presos. Em 14 de novembro, a PF iniciou a fase mais atual e passou a buscar detalhes do envolvimento de 10 empreiteiras do país - entre elas OAS, Camargo Corrêa e Odebrecht.
José Ricardo Breghiroli, preso no dia 14, era um dos responsáveis pelas negociações com o clube.
O Grêmio já oficializou a compra da Arena. No entanto, ainda faltam alguns passos para que a aquisição da gestão ocorra. A tendência é que tal situação tenha fim no primeiro semestre do ano que vem.
Um dos nomes citados no Relatório Final da Operação Lava-Jato, inclusive, foi ligado ao clube, o vice-presidente da gestão anterior, Eduardo Antonini. Ele, contudo, nega envolvimento nas ações ilegais.
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