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Flu estuda terceirizações em programa de sócios em 2015 e gera polêmica

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

28/11/2014 06h00

Em busca de novos sócios-torcedores, o departamento de marketing do Fluminense estuda terceirizar processos do programa para otimizar a operação do projeto, mas a ideia tem gerado polêmica nos bastidores das Laranjeiras. A mudança já causa protestos nas redes sociais, conduzidos por membros da oposição tricolor.

Mas não só os opositores ao presidente Peter Siemsen reclamam da possível terceirização. Na noite da última quarta-feira, membros do conselho deliberativo cobraram explicações da diretoria do Fluminense e solicitaram uma conversa com membros do marketing para maiores esclarecimentos, já que não haviam representantes do setor na sessão do conselho deliberativo.

A controvérsia gira em torno de uma possível perda de lucros do Fluminense com o processo. Segundo o clube, no entanto, a questão é apenas operacional. O clube deixaria de ter trabalho com serviços acessórios ao plano, como o call center necessário para atender os sócios. A ideia é que o Tricolor siga no comando do projeto como um todo, sem dividir os lucros.

O Fluminense, por enquanto, evita falar sobre o assunto pois não existem definições sobre os novos caminhos do projeto. A contratação de empresas para auxiliares na operação do programa de sócio torcedor é vista com bons olhos, mas ainda não está confirmada para 2015.

A oposição do Fluminense já se movimenta em protestos nas redes sociais e chegou até a promover um abaixo-assinado sobre a terceirização. O manifesto conta com cerca de 500 assinaturas pedindo que o Tricolor não dê parte de seus lucros com outras empresas, como acontece com Vasco e Botafogo, por exemplo. O Flamengo, por sua vez, controla seu programa, mas terceiriza parte da operação, como faria o clube das Laranjeiras.

A terceirização de parte do programa é uma das ideias estudadas pelo departamento de marketing para alavancar o projeto em 2015. Neste ano, o Fluminense conseguiu alcançar apenas 5% de sua meta de crescimento. O Tricolor queria 28 mil novos sócios, mas conseguiu apenas 1.500. O total atual é de cerca de 24 mil.

Hoje, o Fluminense controla inteiramente seu plano de sócio-torcedor, com direito a todos os lucros do projeto. O Tricolor ainda conta com a ajuda da Ambev, que estimula o programa através de benefícios em produtos da empresa e outras parceiras.

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