Cartolas profissionais tiram proveito de títulos ganhos por rivais mineiros
O bom trabalho dos clubes mineiros valoriza jogadores, técnicos e até diretores. Alexandre Mattos, do Cruzeiro, e Eduardo Maluf, do Atlético-MG, são responsáveis por gerir os campeões da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro, respectivamente. A dupla é tida como fundamental para o sucesso obtido pelos clubes belo-horizontinos e isso os deixou na mira de outros clubes. Ambos, por exemplo, são alternativas pensadas pelo Palmeiras.
A inclusão dos nomes deles em listas de ‘reforços’ de clubes, no entanto, não deve tirá-los dos campeões brasileiro e da Copa do Brasil. Alexandre Mattos ainda não oficializou sua permanência, mas isso deve acontecer. Já Eduardo Maluf foi confirmado por Daniel Nepomuceno, que assumiu a Presidência atleticana no lugar de Alexandre Kalil, que encerrou seu segundo mandato.
Mattos chegou à Toca da Raposa II em março de 2012, como substituto de Dimas Fonseca. Naquele período, o clube chegou a dever salários e contou com a insatisfação dos atletas. O novo responsável pelo futebol do clube contornou a situação e montou um time que terminou o Brasileirão na metade da tabela.
O ano seguinte de Mattos no Cruzeiro começou com muitas contratações. Logo no primeiro dia de pré-temporada, a agremiação apresentou dez reforços. O diretor de futebol foi responsável por montar a equipe que sagrou-se campeã brasileira e, após montar um plantel forte, recebeu a alcunha de ‘Mittos’ da torcida.
Em 2014, Alexandre Mattos manteve o estilo de trabalho e manteve parte do elenco que faturou o torneio nacional. Com a manutenção do estilo de jogo, o clube sagrou-se novamente campeão. O bom trabalho acarretou nos interesses de Palmeiras e Flamengo.
O diretor de futebol, contudo, deve permanecer na Toca da Raposa II na temporada seguinte e revela que está planejando o que fará nos próximos anos.
“Por enquanto o Cruzeiro ainda está encerrando suas atividades. Temos um jogo importante, vamos com responsabilidade. O Cruzeiro está novamente no seu patamar principal, grandes atletas querem vir, outros não podem. O Cruzeiro precisa oxigenar um pouco o grupo, mas o Cruzeiro não tem processo de saída, mas de vindas, trabalhamos para estar na frente dos outros. Muitas situações podem virar realidade agora. A diretoria trabalha com intensidade, volume e tenta fazer o clube grande que é”, declarou o dirigente.
A história de Eduardo Maluf no Atlético é mais longa e um pouco diferente. Na Cidade do Galo desde junho de 2010, o diretor de futebol trabalha mais como gestor do elenco do que como negociador. A postura centralizadora de Alexandre Kalil impediu que o dirigente tivesse uma autonomia semelhante à de Mattos no arquirrival.
Durante a gestão de Kalil no clube, Maluf sempre apareceu como o responsável por acalmar o comportamento explosivo do mandatário nos bastidores. Ele sempre tentou fazer o ‘meio de campo’ entre comissão técnica, atletas e cúpula.
Maluf, todavia, terá mais trabalho a partir de janeiro de 2014. Confirmado por Daniel Nepomuceno como diretor do clube nas próximas três temporadas, ele terá responsabilidade semelhante à de Alexandre Mattos e está incumbido de montar o grupo ao lado do técnico Levir Culpi, cuja permanência foi anunciada pelo novo mandatário, em seu discurso de posse.
Em 2015, portanto, Atlético e Cruzeiro devem manter os seus principais diretores. Ambos os cartolas terão a incumbência de montar equipes que possam manter os clubes em alta nas disputas de Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil.
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