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Formar time sem dinheiro não será a tarefa mais difícil do Grêmio

Jogadores que precisam ser negociados tiram o sono da direção do Grêmio - LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA
Jogadores que precisam ser negociados tiram o sono da direção do Grêmio Imagem: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

12/12/2014 06h00

Empossado na última quarta-feira, o presidente Romildo Bolzan Júnior disse que sua passagem pelo comando do Grêmio será marcada pela austeridade. O clube vai ser rígido e pensar, primeiro, em organização financeira. A tarefa repassada ao departamento de futebol é complicada, fazer um time sem dinheiro. Mas não é a mais dura. O pior será 'se livrar' de uma série de jogadores com contrato e que não serão aproveitados. 

Felipão avisou, tão logo acabou o último jogo do Brasileiro, que o trabalho do departamento de futebol seria árduo. O clube recebe 16 jogadores de empréstimo. Tem outros tantos que estão no elenco e não ficarão, e precisa encontrar destino para eles. 
 
Dos que regressam de períodos fora, apenas dois têm aproveitamento garantido: Maxi Rodríguez e Paulinho. A dupla será analisada novamente ao menos durante o primeiro semestre, quando o calendário gremista aponta apenas o Campeonato Gaúcho. Marcelo Moreno pode ser aproveitado, mas dependeria de uma negociação de Barcos, que ainda não recebeu proposta oficial. 
 
A lista dos que retornam e precisam de novos destinos é grande. O volante Adriano, que defendeu o Vitória, o zagueiro Douglas Grolli, que estava na Chapecoense, Bergson, que também estava no time de Chapecó, Everaldo, que defendeu o Figueirense, Felipe Nunes, que volta da Portuguesa, Júnior Viçosa, que esteve no Atlético-GO, Marcelo Moreno, que jogou no Cruzeiro, o lateral direito Moisés, que volta do Goiás, Rafael Thyere que é zagueiro e volta do Atlético-GO, o lateral direito Tinga, que voltou do Boa Esporte, Yuri Mamute, que volta do Botafogo, Rondinelly, que regressa do Luverdense e Tony e Émerson, que retornaram do Santa Cruz-PE.
 
E há casos ainda mais complicados. Kleber Gladiador, que esteve no Vasco e até teria mais seis meses de contrato, é o maior problema. Sem condições de pagar os altos salários do atleta, o Tricolor procura um interessado para receber o jogador. Mas há poucos clubes abrindo as portas ao camisa 30.
 
E no grupo, também há jogadores para liberar. Werley, Fernandinho e Edinho não estão nos planos e os responsáveis pelo futebol gremista precisarão encontrar interessados neles. 
 
A complicada tarefa de achar destino para os jogadores do Grêmio tende a levar mais tempo até do que a formação do time. Serão apenas três reforços, sendo que um deles já está acertado, o meia Douglas que disputou o último Brasileiro da Série B pelo Vasco. 
 
A reconstrução do grupo gremista mira reduzir muito os custos do clube. A ideia é manter uma folha de pagamentos entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões. No último ano, a folha gremista ultrapassava os R$ 7 milhões.