Venda de Malcom e transações com goleiros são novos rachas no Corinthians

A influência do investidor Fernando Garcia voltou a desencadear crise nos bastidores do Corinthians por conta de dois negócios. O primeiro diz respeito à possível venda do atacante Malcom. Já o segundo explica as informações desencontradas sobre a contratação do goleiro Danilo, da Chapecoense.

Em ambos os casos, o candidato a presidente Roberto de Andrade e o ex-presidente Andrés Sanchez tomaram posições distintas a Mário Gobbi, dono do cargo até 7 de fevereiro. O mandatário assegura que não vende Malcom e que o Corinthians não mudará seus goleiros para 2015.

De férias na Europa com Fernando Garcia e o agente Guilherme Miranda, Malcom é visto como um negócio urgente para os investidores fazerem lucro. O time de investidores liderado por Garcia possui 70% dos direitos de uma negociação. Eles dizem ter ofertas do Olympique Marseille-FRA e do Dínamo de Kiev-UCR. Esperam, ainda, uma proposta do Shakhtar-UCR.

O presidente Mário Gobbi, porém, diz que não quer vender. A pessoas mais próximas, assegurou que proíbe qualquer negócio. "Temos 30% do Malcom, e acho que o Malcom precisava ficar aqui por muitos anos. Nascer, crescer, se tornar jogador pelo Corinthians e depois sair ao mercado, para não ser o Marquinhos dois. Ele promete muito", disse Gobbi ao UOL Esporte na quinta-feira.

"Tendo em vista que estamos na fase de classificação da Libertadores, não há tempo de repor. Tem que ter um time base e desse time ninguém deve sair. Malcom é muito novo para sair. Ele tem muito que apresentar e depois sair. Tem correntes no clube que entendem que tem que vender. É difícil aqui o Corinthians", disse Gobbi de forma irônica sobre Sanchez e Roberto.

O caso dos goleiros Walter e Danilo é semelhante. Os dois têm ligações a Fernando Garcia. O investidor busca um negócio para o reserva de Cássio em Portugal, mas também cogita que ele seja liberado para jogar na Ponte Preta. O próprio arqueiro corintiano, a amigos, disse que deseja permanecer.

Contudo, para forçar a saída de Walter, Roberto de Andrade acertou a negociação com Danilo, da Chapecoense, há algum tempo. Antes mesmo do Brasileiro acabar, o goleiro confidenciava a amigos que jogaria no Corinthians em 2015. Gobbi, porém, foi taxativo e negou a transação de goleiros desejada por Roberto, Andrés Sanchez e Fernando Garcia.

"Tem um planejamento. Eu deleguei ao Roberto, mas eu participo, estou junto e passa pelo meu crivo. O coloquei porque creio que ele deverá ser o presidente. Mas tudo dentro do planejamento que temos, dos nomes, posições, e no planejamento não consta goleiro. Não sei de onde surgiu isso. Está fora dos planos do Corinthians", confirmou o presidente ao UOL Esporte.

A reportagem tentou contato com Roberto de Andrade, mas ele não atendeu a ligação.