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Patrocinador faz exigência ao Botafogo e quer redução de R$ 10 milhões

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

13/12/2014 06h00

As negociações entre Botafogo e o grupo Viton 44 estão a todo vapor. Inicialmente, o clube apresentou uma proposta de R$ 25 milhões com exclusividade à empresa, que recusou a oferta. Segundo apuração do UOL Esporte, o presidente Neville Proa quer pagar no máximo R$ 15 milhões, o que representa uma redução de R$ 10 milhões do que o Alvinegro havia proposto.

Como não haverá mais exclusividade, o Botafogo irá precificar tidas as seis propriedades de patrocínio disponíveis no uniforme da equipe: peito, costas, ombro, omoplata, barra inferior e short. A tendência é que isso tudo seja apresentado ao Viton 44 na próxima semana em nova reunião onde clube e patrocinador tentarão chegar a um acordo.

Neville Proa tem como objetivo renovar com o Botafogo, mas apenas estampando suas marcas no peito e nas costas. As demais propriedades seriam ocupadas por novas empresas que o clube ainda teria que iniciar as conversas. Resta saber se os R$ 15 milhões que o Guaraviton está disposto a pagar serão suficientes para as duas áreas desejadas pela Viton 44.

O Botafogo encara o desejo do patrocinador em não querer mais a exclusividade com normalidade. Em 2014, a empresa estampou suas diversas marcas e pagou R$ 25 milhões, mesmo valor pedido pelo Alvinegro na renovação do vínculo para a próxima temporada. Com a novidade, o Alvinegro teve que montar uma nova proposta, se adequando ao desejo do parceiro que está no clube desde 2011.

Além disso, Neville Proa tem outra exigência para renovar com o Botafogo. Ele só realizará o pagamento diretamente na conta do clube, que sofre com penhoras e precisa realizar manobras financeiras para receber a quantia. O empresário não deseja realizar a transação dessa forma e só fechará acordo se puder pagar diretamente ao Alvinegro.

Para que isso ocorra, o Botafogo terá que voltar ao Ato Trabalhista, o que reduziria as penhoras de ações trabalhistas. O clube já entrou com uma proposta no Ministério do Trabalho do Rio de Janeiro e aguarda a resposta, o que pode ocorrer já nesta segunda-feira.

As negociações de patrocínio e fornecedora esportiva são de vital importância para o Botafogo, que não terá a verba da televisão, já adiantadas pelo ex-presidente Maurício Assumpção. Guaraviton e Pênalti são as favoritas para ao certo e o clube espera lucrar aproximadamente R$ 35 milhões com as duas transações. Essa verba seria destinada para a montagem e manutenção do elenco.