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Renê volta ao Rio e tenta redenção no Botafogo após polêmicas no Vasco

Do UOL, no Rio de Janeiro

14/12/2014 06h00

Novo técnico do Botafogo, Renê Simões terá um grande desafio em seu retorno ao futebol do Rio de Janeiro. O treinador teve uma passagem de seis meses como diretor executivo do Vasco marcada por polêmicas em 2013, temporada que terminou com o rebaixamento do Cruzmaltino para a segunda divisão. Além disso, o comandante tenta se recuperar após trabalhos discretos em outros clubes.

O último cargo de Renê Simões foi o de técnico do Atlético Goianiense, em passagem que durou apenas oito jogos entre junho e agosto de 2013, quando pediu demissão. O aproveitamento no clube goiano não foi dos melhores: apenas duas vitórias e seis derrotas. Desde então, o treinador passou por um período de quase um ano e meio desempregado até o acordo com o Botafogo.

Antes da rápida passagem pelo Atlético-GO, no entanto, Renê Simões colecionou problemas no Vasco. Contratado como diretor executivo de futebol no fim de 2012, ele sofreu com diversas limitações financeiras no clube graças ao bloqueio de receita instituído pela Fazenda Nacional na ocasião. A época foi marcada pelo desmanche da equipe campeã da Copa do Brasil em 2011, o que prejudicou o desempenho do então dirigente.

Na sequência, no entanto, Renê Simões acabou não agradando como diretor no Vasco. Em 2013, o Cruzmaltino fez campanha discreta no Campeonato Carioca e sofreu com um intenso desgaste pela forma como conduziu o futebol de São Januário, inclusive na montagem do elenco que seria rebaixado no fim do ano.

O então dirigente também não agradou aos jogadores por sua postura durante a crise financeira que abalou o Vasco. Renê era criticado por prometer pagar os salários atrasados e não cumprir, entre outros problemas internos no vestiário de São Januário. O desgaste resultou em sua demissão já em junho de 2013, durante a pausa para a Copa das Confederações.

Curiosamente, a passagem de seis meses pelo Vasco foi uma das mais longas de Renê nos últimos seis anos. No período, o treinador colecionou trabalhos curtos e que, na maioria, terminaram com sua demissão. Foi assim no Grêmio Barueri, no Bahia, Portuguesa, Costa Rica, Ceará e Fluminense, locais onde não conseguiu ter uma sequência maior que 24 jogos, número alcançado no time baiano.
 
No Rio, o melhor trabalho de Renê Simões foi no Fluminense, quando salvou a equipe do rebaixamento em 2008, mas não resistiu ao Campeonato Carioca do ano seguinte. Na ocasião, o técnico comandou o Tricolor das Laranjeiras por 21 jogos, com 11 vitórias e cinco derrotas.