Cartola da Fifa diz a jornal que Qatar pode deixar de receber a Copa

A Fifa deu um deadline de pouco mais de dois meses para que o Qatar faça reformas trabalhistas no país. Caso contrário, pode ter que abdicar do direito de receber a Copa do Mundo de 2022. Quem diz é Theo Zwanziger, membro do comitê executive da entidade máxima do futebol.

Desde dezembro de 2010, quando o Qatar foi escolhido como sede do Mundial, várias polêmicas já vieram à tona, como uma suposta compra de fotos e denúncias de trabalho escravo nas sedes. Outra reclamação é quanto à realização do Mundial em julho, mês de verão no hemisfério norte e marcado por temperaturas acima dos 40 graus no Qatar.

O cartola falou em entrevista à revista alemã Bild que o país árabe precisa resolver suas questões trabalhistas que envolvem direitos humanos. Caso contrário, existe risco de exclusão em uma reunião da entidade marcada para maio.

“O Qatar deve implementar até o dia 10 de março uma comissão independente para acompanhar as questões dos direitos humanos nos canteiros de obras da Copa do Mundo. Até agora parece que nada aconteceu”, falou.

“Eu espero então que uma federação nacional faça um pedido de votação entre os 209 federações membros no congresso da FIFA, no final de maio, em Zurique, sobre a exclusão do Qatar como sede da Copa do Mundo", prosseguiu.

Zwanziger já havia deixado, em setembro desse ano, sua opinião pessoal quanto à realização do Mundial no Qatar e apontou o calor como um dos problemas. “Eu, pessoalmente, acho que  no final a Copa do Mundo de 2022 não terá lugar no Qatar. Médicos dizem que não podem assumir a responsabilidade de jogos naquele local.".