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Inter não consegue se reaproximar de Abel após recusa. Mano vira predileto

Mano Menezes já foi descartado, mas agora ganha força para assumir o Inter - Alexandre Schneider/Getty Images
Mano Menezes já foi descartado, mas agora ganha força para assumir o Inter Imagem: Alexandre Schneider/Getty Images

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

17/12/2014 06h00

O Internacional está cada dia mais preocupado com a falta de opções para assumir o comando do time. Após ouvir 'não' de Tite e Luxa, o Colorado precisou voltar atrás e recolocou Mano Menezes e Celso Roth nos planos. Ambos já tinham disso descartados. A direção que assume o clube agora tenta uma reaproximação com o Abel e vê Mano se tornar predileto. 

Abel ficou descontente por não ter sido procurado antecipadamente. Apenas Marcelo Medeiros, que era vice de futebol e foi derrotado na eleição presidencial, esteve com o técnico e acertou a permanência em caso de se tornar presidente. Mas não se tornou. Vitório Píffero tinha outros nomes na mira e viu Abel se entristecer com isso. 
 
"Eu tentei ligar para ele na manhã do dia do jogo com Figueirense. Ele não atendeu porque já devia estar com os jogadores. Depois disso não falamos mais", explicou o presidente eleito do Internacional. 
 
É proposital. Abel Braga não está disposto a atender as ligações da atual direção do clube. Se sentiu preterido e já definiu o futuro longe de Porto Alegre. "Eu esperei tudo que achei aceitável. Não fui procurado. O projeto não passa por mim", disse no início da semana. 
 
O Inter buscará uma reaproximação, mas é pouco provável que o treinador mude totalmente de ideia. Ele está em férias, tem viagens marcadas e não pretende abrir mão dos momentos com a família. Além disso, recebeu uma proposta vantajosa para comandar um time dos Emirados Árabes Unidos. 
 
Com isso, Mano Menezes vira 'ficha 1'. Mesmo que Vitório na coletiva após se tornar presidente do clube para os próximos dois anos mais de 15 mil votos tenha descartado o treinador, as explicações passadas nesta terça-feira indicam que é possível a busca por Mano para o comando vermelho em 2015. 
 
Píffero fez questão de afirmar que qualquer colocação logo após a eleição teve por objetivo abafar o boatos surgidos durante a campanha. "Eu e o Mano temos várias coisas em comum. Não vou descartar ninguém", falou o atual presidente. 
 
Uma última opção é Celso Roth. Mas a rejeição da torcida inviabiliza o técnico campeão da Libertadores de 2010 para nova investida no clube. 
 
Técnico estrangeiro está descartado
 
O presidente do Inter deixou claro que não não pretende investir em um treinador estrangeiro. Depois da experiência que teve com Jorge Fossati no início de 2010, tal situação passa longe dos planos. 
 
"Tivemos uma experiência com um treinador de fora. Foi interessante enquanto jogamos a Libertadores contra times sul-americanos. Sentimos alguma dificuldade naquele momento quando o jogo era contra brasileiros. Vimos agora recentemente no Palmeiras um treinador que não começou bem apesar de ter vários reforços do país dele. Eu acho que o treinador estrangeiro não está acostumado com o jogador brasileiro para treiná-los. Principalmente jogar contra times brasileiros. Aqui não temos muitas notícias de casos que deram certo. Até que me convençam do contrário, é isso", esclareceu Vitório. 
 
O Internacional evita prazo para anúncio do novo treinador. Enquanto isso, o departamento de futebol trabalha também na construção do elenco.