Polêmicas, briga política e poucos resultados: marketing do Flu em xeque
O departamento de marketing do Fluminense passa por um momento delicado nas Laranjeiras. Após polêmicas com a possibilidade de terceirizar processos do programa de sócio torcedor do clube e a pré-temporada do time profissional na Disney marcada para janeiro, o setor da administração tricolor se vê cercado por influências políticas e pressão por melhores resultados que os alcançados até aqui.
O ponto alto da tensão em relação ao departamento foi a quase demissão do diretor Rodrigo Terra nos últimos dias. O presidente Peter Siemsen chegou a cogitar a dispensa do executivo pelo não cumprimento de algumas das metas estabelecidas pela diretoria, como o aumento no número de sócios, mas acabou o profissional acabou mantido após pressão do grupo Flusócio, principal aliado do mandatário tricolor.
Rodrigo Terra chegou ao clube no meio do ano acompanhado do vice presidente de marketing Marcelo Gonçalves e com a contratação apoiada pela própria Flusócio, grupo que sempre almejou uma maior participação na comunicação do Fluminense. O dirigente, no entanto, não goza do mesmo prestígio nas Laranjeiras e não foi nem mesmo consultado quando Peter Siemsen e o vice presidente de projetos especiais Pedro Antônio Ribeiro fecharam o contrato de patrocínio com a Guaraviton após o fim da parceria com a Unimed Rio.
O marketing também entrou em rota de colisão com o vice presidente de futebol do clube, Mário Bittencourt, quando apoiou a ida do Fluminense a Orlando na pré-temporada de 2015. Uma das figuras mais influentes das Laranjeiras, o advogado foi um dos que não aprovaram a ideia do ponto de vista esportivo, assim como o técnico Cristóvão Borges.
A possibilidade de uma terceirização de alguns processos do programa de sócio torcedor do Fluminense também não foi bem recebida no clube. A ideia gerou críticas de torcedores e da oposição tricolor, que condenavam o pagamento a outras empresas para executar atividades como o call center do programa por entenderem que isso diminuiria o lucro do Tricolor.
Além disso, o departamento entregou poucos resultados na busca por sócios para o clube. A meta de 50 mil associados até o fim deste ano ficou bem longe de ser alcançada e o Tricolor ficou parado na casa dos 23 mil sócios, apenas 1.500 a mais que em 2013, quando o time das Laranjeiras teve uma temporada de decepções quase encerrada em rebaixamento.
Nas redes sociais, o Fluminense também não conseguiu atingir o crescimento esperado. No Facebook, o Tricolor ainda está na lanterna entre os clubes cariocas, mesmo com a temporada decepcionante do Botafogo, com direito a rebaixamento para a Série B. O Alvinegro hoje tem 148 mil seguidores de seu perfil, 45 mil a mais que o Tricolor.
A promessa do marketing do Fluminense é de um aumento nas ações em 2015, com o lançamento de novos planos de sócio torcedor, assim como uma nova estrutura para o projeto. O começo de uma nova campanha publicitária também é projetada pela diretoria tricolor.
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