San Lorenzo sofre, mas vai à decisão e dá presente de aniversário ao papa

Um presente para não esquecer. Aniversariante do dia, o papa Francisco – que completa 78 anos nesta quarta-feira – viu seu time do coração superar o Auckland City por 2 a 1, na prorrogação, no estádio de Marrakesh, em Marrocos, e assim garantir vaga na decisão do Mundial de Clubes, sábado, contra o Real Madrid, de Cristiano Ronaldo.

Mas o papa certamente sofreu durante a partida, e não foi pouco. Isso porque a vaga só veio na prorrogação, depois de empate por 1 a 1 nos 90 minutos. No tempo complementar, Mauro Matos, que havia entrado no segundo tempo, marcou e colocou o San Lorenzo na final e jogou o time semiprofissional da Nova Zelândia para a disputa do bronze contra o Cruz Azul, do México

Fases do jogo: Quarenta e seis minutos. Foi o tempo que o Auckland City conseguiu ‘amarrar o jogo’ até com certo equilíbrio diante dos argentinos, que criavam alguns lances de perigo mas, mais uma vez, não apresentavam o mesmo futebol de quando venceu a Libertadores. Mas já nos acréscimos, uma jogada muito bem trabalhada colocou o San Lorenzo na frente.

Emanuel Más ultrapassou pela esquerda em velocidade, recebeu na linha de fundo e cruzou para trás, rasante; Barrientos dominou e, de dentro da área, acertou um belo chute de esquerda, no canto esquerdo do goleiro Tamati Williams. 1 a 0 em um primeiro tempo morno.

Na segunda etapa, a história mudou. Especialmente a partir dos 22min, quando o Auckland deixou tudo igual. Tade fez linda jogada e deixou De Vries na cara do gol; ele não conseguiu finalizar na divida com o goleiro, mas a bola sobrou para Berlanga, que mesmo com pouco ângulo conseguiu marcar. A partir daí, o jogo ficou bem mais aberto, o que fez aumentar consideravelmente as chances de gol.

O astro Romagnoli, que já estava preparado para entrar ainda com o placar 1 a 0, foi a campo logo depois do empate. E o time melhorou. Mas não foi o meia, e sim Cautericcio que quase voltou a colocar o San Lorenzo à frente, no que seria um gol de placa. Ele chapelou o zagueiro e, de primeiro, acertou um chute que carimbou a trave.

O Auckland respondeu logo em seguida, em chance ainda mais clara de gol. Em contra-ataque de três contra um, Tade ficou cara a cara com o goleiro, dentro da área, mas pegou muito mal na bola e acabou mandando para fora, para sorte do time argentino. E com o empate de 1 a 1, a decisão de quem iria para a final do Mundial acabou indo para a prorrogação.

Mas logo aos 2min, Mauro Matos, que havia entrado na etapa final, mostrou seu já conhecido oportunismo. Depois de bola alçada na área por Romagnoli, o atacante tocou de cabeça, recebeu do companheiro e bateu forte, rasteiro, para fazer 2 a 1. Depois disso, o Auckland tomou conta do jogo, pressionou e até chegou a carimbar a trave. Mas ficou nisso.

O melhor: Mauro Matos. Saiu do banco de reservas para colocar o San Lorenzo na decisão do Mundial de Clubes. Mostrou oportunismo e precisão para marcar o gol da vitória. Deu trabalho aos defensores.

O pior: Dordevic. Esteve bem abaixo do seu companheiro de zaga Irving. Às vezes estabanado, acabou deixando o time no primeiro tempo da prorrogação, mas mais por opção tática do treinador.

Para lembrar:

Só no segundo tempo. Astro do San Lorenzo, o meia Romagnoli, recém-recuperado de uma lesão no esquerdo, começou o jogo no banco e só entrou no segundo tempo. E acabou sendo decisivo no lance do segundo gol.

O Papa é pop! Como acontece nos jogos do San Lorenzo, o Papa Francisco foi lembrado por diversos torcedores presentes na arquibancada. Até um sósia do aniversariante do dia foi encontrado entre os aficionados do time argentino.