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Libertadores e eleições seguram Malcom no Corinthians. Ao menos por 6 meses

Malcom fez dois gols pelo Corinthians no Brasileiro - Felipe Oliveira/Getty Images
Malcom fez dois gols pelo Corinthians no Brasileiro Imagem: Felipe Oliveira/Getty Images

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

19/12/2014 06h00

Depois de uma semana marcada por viagens, telefonemas e especulações, a permanência do atacante Malcom no Corinthians ganhou sobrevida. Os representantes do jogador, em comum acordo, entenderam que era o momento de esperar. Por dois motivos, em especial.

O principal deles é a eleição marcada para 7 de fevereiro. Presidente do Corinthians até lá, Mário Gobbi deixou claro que não estava disposto a qualquer negociação. A pessoas mais próximas, ele prometeu: "enquanto eu tiver saúde e estiver aqui, Malcom não será vendido".

Liderado pelo investidor Fernando Garcia, o grupo que detém 70% dos direitos econômicos do atacante sabe que há mais possibilidades de negócio sair após Gobbi deixar o cargo. Seja com Roberto de Andrade, favorito a vencer as eleições pela situação, seja com Paulo Garcia, irmão de Fernando e o opositor mais forte nesse momento. Paulo tem declarado que não irá aceitar jogadores do irmão mais novo no clube.

Além disso, o estafe de Malcom entendeu que jogar a Copa Libertadores é a melhor alternativa de carreira nesse momento. Menos movimentado, o mercado de inverno na Europa também não apresentou nada além de sondagens. Conversas com o Dínamo de Kiev-UCR, Shakhtar Donetsk-UCR e Olympique de Marseille-FRA não avançaram.

Com só 30% de direito sobre uma possível venda, o Corinthians tenta renovar o contrato com Malcom há meses. A multa rescisória do jogador para o exterior é de 15 milhões de euros (cerca de R$ 48 milhões) e a intenção da direção corintiana era aumentar os salários do atacante (R$ 9 mil por mês) para também elevar a multa.

Dessa maneira, o Corinthians aumentaria seu poder de negociação no caso de propostas oficiais. O estafe de Malcom, porém, prefere manter o atual contrato, e assim voltar a prospectar o mercado europeu no meio de ano.

Se não bastasse a Copa Libertadores, Malcom também jogará o Sul-Americano sub-20 pela seleção brasileira, em janeiro. Acompanhado de perto por dezenas de olheiros de clubes europeus, o torneio costuma abrir boas possibilidades de negócios. É nisso que também acreditam os investidores para vender o jovem daqui seis meses.