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Vasco e Botafogo reagem fora de campo e ganham fôlego para 2015

Bernardo Gentile e Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

19/12/2014 06h00

Vasco e Botafogo deram importante passo nos bastidores. Com a volta ao Ato Trabalhista e a proximidade das certidões negativas de débitos (CNDs), os clubes ganham fôlego para iniciar a próxima temporada com novas expectativas. As diretorias viam esse duelo fora dos gramados como decisivo para que o ano de 2015 pudesse transcorrer da melhor maneira possível e comemoraram os avanços obtidos nos últimos dias.

O Vasco devia cerca de R$ 10 milhões em impostos, fato que o impedia de obter as certidões negativas de débito e bloqueava os R$ 3 milhões referentes à última parcela do contrato com a Caixa Econômica Federal, que se encerraram no dia 31 de agosto.

A luta para obter as CND's se arrasta há três meses e acontece desde a gestão de Roberto Dinamite, quando o ex-diretor-geral Cristiano Koehler tomava frente e conduzia as negociações.
Eurico Miranda venceu a eleição no clube e passou a tratar diretamente do assunto, levando-o como uma prioridade. O mandatário passou a ter reuniões frequentes com seus aliados políticos, entre eles o presidente da CBF, José Maria Marin, e seu vice, Marco Polo Del Nero.

Na quinta-feira da semana passada, ele viajou para Brasília e também deu passos importantes.

Com sua influência, Eurico conseguiu obter cerca de R$ 12 milhões em empréstimos com o banco BMG e a CBF. Na última quarta, ele efetuou o pagamento dos impostos atrasados, fato que deixa o Vasco em dia com a Receita Federal e deixa o clube livre para receber as certidões negativas e a parcela de R$ 3 milhões. A expectativa é a de que a obtenção aconteça antes do fim do ano.

A regularização da situação do Cruzmaltino também permite que o clube assine um novo contrato de patrocínio com a Caixa Econômica Federal. Conversas neste sentido já acontecem, mas a vontade de Eurico é que os valores aumentem em relação aos R$ 15 milhões que o Vasco recebeu em 2014.

O Botafogo, por sua vez, vivia uma asfixia financeira sem precedentes. Com 100% da sua renda penhorada, o clube precisava de qualquer jeito resolver sua situação fiscal e trabalhista. E foi o que aconteceu nessa semana. O presidente Carlos Eduardo Pereira conseguiu verba e quitou dívida com a Timemania.

Na última terça-feira, o mandatário entregou uma proposta no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e teve o pedido aprovado pela juíza controladora. Agora, o documento será enviado ao Ministério Público, que já havia recebido uma cópia e sinalizado positivamente anteriormente. Por conta disso, o Botafogo já se considera de volta ao Ato Trabalhista e aguarda apenas a oficialização para ter sua conta desbloqueada.

O próximo passo do Alvinegro é pagar a quarta parcela do Refis. Ela venceu no dia 30 de novembro e o Botafogo tem até o fim de dezembro para depositar o valor e se manter no programa de refinanciamento das dívidas fiscais.