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Aniversariante, Joel esquece frustração com Vasco: "Quero mais um carioca"

Leonardo André

Do UOL, no Rio de Janeiro

25/12/2014 06h00

O Natal é uma data ainda mais especial para o técnico Joel Santana. Além de comemorar a data religiosa, o treinador festeja seus 66 anos nesta quinta-feira. Para quem pensa que o presente mais esperado não veio – a permanência no comando do Vasco após ajudar o time a voltar à Série A –, Joel trata de avisar que é o contrário. Para ele, a frustração com a decisão do presidente Eurico Miranda faz parte do passado.

Agora, o treinador quer pensar no futuro. E ainda espera a chance de poder conquistar mais um título carioca.

"Meu presente de Natal eu já ganhei. Papai Noel me deu antecipado, já até tirei o sapatinho da janela. Se não subisse com o Vasco, seriam 30 anos de trabalho jogados fora. Ia tudo pra minha conta, sem direito a gorjeta. Eu ia ter que tirar minhoca do asfalto", destaca Joel.

"Meu lema agora é muita calma nessa hora. Vem coisa boa para mim aí. Eu quero mais um título carioca, mas tudo ainda pode acontecer. Quando se trata de Papai Joel, tudo pode acontecer".

Joel sabe que, no momento, é preciso esperar. Como Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo já têm técnicos garantidos para começarem 2015, o treinador sabe que sua vontade de voltar à ativa pode demorar mais do que imagina. O que ele não aceita é criar qualquer tipo de inimizade com os novos comandantes do Vasco.

"Eu, Eurico (Miranda, presidente do Vasco), Zé Luis (vice de futebol do Vasco, José Luiz Moreira) temos muitas conquistas juntos. Brasileiro, Carioca, Sul-Americano com uma vitória épica. Não tenho raiva de ninguém, que isso fique bem claro. Acho que a situação não foi conduzida da melhor forma, mas passou. O mundo é muito pequeno. Quando menos você menos espera, a coisa acontece e preciso estar preparado para seguir o que o destino reservar", avisou o treinador.

Ao passar 2014 a limpo, Joel não se arrepende de ter ficado nove meses sem trabalhar e menos ainda de ter assumido o Vasco em um momento difícil de Série B do Campeonato Brasileiro.

"Somando tudo fiquei 17 meses sem trabalhar até que surgiu uma oportunidade, mesmo sem ser da forma que eu queria. Mas eu jamais podia recusar. Foi difícil porque em três meses não se faz nada. Mas aos poucos conseguimos. Não como deveria ser, mas foi como deu para subir. Não me arrependo de ter pego e não tenho mais tempo para ter mágoa, ficar sentido, aborrecido. Sou um cara feliz, de bem com a vida. E 2015 será ainda melhor para mim".