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Proposta milionária da China supera brasileiros e pode tirar Conca do Flu

Dassler Marques e Vanderlei Lima*

Do UOL, em São Paulo

06/01/2015 18h22

Corinthians, Flamengo e São Paulo acenam com ofertas de aproximadamente R$ 4 milhões por Darío Conca, mas Fluminense e Unimed trabalham com números superiores do futebol chinês. Em contato com o UOL Esporte, o presidente da empresa confirmou a informação.

De acordo com Celso Barros, o Fluminense recebeu oferta de US$ 8 milhões (R$ 21,6 milhões) pelos direitos econômicos de Conca. A proposta salarial seria de aproximadamente R$ 1,2 milhão por mês, números muito superiores aos vencimentos atuais de R$ 750 mil que são custeados pelo Flu (um terço) e Unimed (dois terços).

"O Conca passou que talvez existisse e o doutor Mário Bittencourt (vice de futebol) falou em uma proposta de 8 milhões de dólares", disse Celso. "O Conca me surpreendeu. Eu falei, 'vai para a China de novo?' Na primeira vez ele estava querendo voltar, ele é ídolo lá. Cabe agora o Fluminense concordar", completou. 

O clube interessado em Conca seria o Dalian Aerbin. Embora esteja na segunda divisão chinesa, a equipe recebeu aporte financeiro considerável nos últimos tempos e estaria disposta a repatriar o jogador argentino. Há um ano, ele deixou o Guangzhou Evergrande com status de ídolo.

Segundo pessoas próximas a Conca, a vontade do jogador seria o principal entrave para que o negócio fosse adiante. A adaptação da família à China foi difícil na primeira passagem e, além disso, ele realizou investimentos altos no retorno ao Rio de Janeiro. A ideia inicial de Conca é permanecer no Brasil.

Por outro lado, o jogador está insatisfeito pela situação em que se encontra. No fim de dezembro, procurado pelo presidente Peter Siemsen, disse que não estaria disposto a rever o contrato em função do rompimento entre Fluminense e Unimed. Todos os demais jogadores, inclusive Fred, tiveram postura diferente.

Para Fluminense e Unimed, porém, o negócio com a China soa mais interessante que com o futebol brasileiro. O clube, sobretudo o vice de futebol Mário Bittencourt, não teria o ônus de negociar o principal ídolo com um rival. A patrocinadora teria mais possibilidades de reaver o alto investimento para repatriar Conca há um ano e se livraria dos salários que tem a pagar até 2017.

* Colaboraram: Guilherme Palenzuela e Rodrigo Paradella