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Estilo 'paizão' de Levir Culpi foi determinante nos retornos de Jô e André

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

10/01/2015 06h00

Um ato de indisciplina em Curitiba parecia ter selado o fim da passagem dos atacantes Jô e André pelo Atlético-MG, além do lateral esquerdo Emerson Conceição. Muito chateado com o erro dos jogadores, o técnico Levir Culpi acatou a decisão da diretoria em afastar os três atletas, em novembro. No entanto, alguns dias depois, o ‘paizão’ Levir já estava propenso a aceitar o retorno de todos. Sem sucesso no ano passado, o treinador do Atlético, enfim, conseguiu o que queria em 2015.

O que transformou a punição em castigo, já que todos ficaram fora dos grandes momentos da equipe na última temporada. Nenhum deles esteve em campo nas finais da Copa do Brasil. Como todo castigo tem seu fim, Conceição, André e Jô estão de volta e se empenhando bastante nos primeiros treinos do ano. André chegou um pouco atrasado, mas com autorização da diretoria.

De volta ao elenco principal, a disputa agora é por um lugar nos 30 jogadores que vão ser inscritos na Copa Libertadores. O Atlético tem quatro competições pela frente e tem a meta de disputar o título em todas. Por isso, o elenco alvinegro vai ter pelo menos 35 jogadores. Como alguns jogadores podem sair e outros chegarem, o grupo está 90% fechado, informa o técnico Levir Culpi.

"A primeira conversa que tive com os jogadores foi mostrar o calendário e os objetivos do Atlético. Perguntei se era possível disputar todos os campeonatos com 22 jogadores. Qualquer um sabe que não é. Temos que ter um elenco mais inchado mesmo, mas com qualidade. Não tem que ter apenas 11 titulares, temos que ter 18, 20 jogadores titulares. Temos que ter profissionalismo e união no grupo. Um jogador joga campeonato estadual e outro vai para a Libertadores. Tenho que administrar e isso tem que ser entendido por todos. Teremos um elenco maior porque é necessário".

A ideia do treinador é fazer com que a equipe jogue da mesma maneira, independentemente da escalação. Assim foi na reta final do último Brasileirão, quando usou o time reserva em algumas partidas e nível de exibição foi mantido. É justamente aí que entram Jô e André, já que Levir quer jogadores que façam a mesma função em campo.

“Vamos fazer o time jogar no mesmo sistema. A ideia é essa. Colocar todos dentro de um mesmo plano tático. Se cada time tiver uma característica, fica ruim trabalhar”, explicou o treinador e ‘paizão’ Levir Culpi, que tem muita confiança na capacidade dos jogadores que foram reintegrados ao elenco atleticano.