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Vaga desde a saída de Ronaldinho, a camisa 10 do Atlético espera novo dono

A camisa 10 do Atlético-MG está vaga desde a saída do Ronaldinho, em julho do ano passado - AFP PHOTO / Douglas MAGNO
A camisa 10 do Atlético-MG está vaga desde a saída do Ronaldinho, em julho do ano passado Imagem: AFP PHOTO / Douglas MAGNO

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

14/01/2015 07h00

Durante dois anos a torcida do Atlético-MG viu um jogador desejado por qualquer equipe do mundo vestir a camisa 10 do seu time. Ronaldinho foi um maestro perfeito na passagem por Belo Horizonte. Depois de usar a camisa 49 durante seis meses, logo ele retornou ao tradicional número. No entanto, desde julho do ano passado, quando o ídolo deixou a Cidade do Galo, a camisa 10 do Atlético está vaga.

Por adotar numeração fixa nenhum outro jogador vestiu a camisa que foi por dois anos do melhor jogador do mundo em 2004 e 2005. Mas nesta temporada não tem como fugir da responsabilidade, alguém vai ter de ser o camisa 10 do Atlético. Especialmente por conta do regulamento da Copa Libertadores. Para disputar a competição continental os clubes devem inscrever os jogadores obrigatoriamente com números de 1 até o 30.

O maior candidato para herdar a camisa 10 é o meia-atacante Guilherme. Além de jogar na função de armador, a camisa era dele até a chegada de Ronaldinho. Aliás, R10 só se tornou R49 por conta de Guilherme. Como a camisa que usou em todos os clubes e na seleção brasileira já estava ocupada, Ronaldinho teve de escolher outro número, no caso, o 49, em homenagem à mãe, Dona Miguelina, nascida em 1949.

Pelas palavras de Levir Culpi, Guilherme tem tudo para voltar a ser o camisa 10 atleticano em 2015 e deixar de lado a 17. “Eu tenho prazer em vê-lo jogando. Para quem gosta de futebol, ver a técnica dele, a maneira como pensa o jogo, é uma coisa muito bacana”, comentou o treinador alvinegro, que espera pela renovação do jogador. Segundo Levir, Guilherme está no mesmo nível de Diego Tardelli.

“Seria uma perda parecida com uma possível saída do Tardelli. Considero o Guilherme um jogador de altíssimo índice técnico e gostaria muito de contar com ele. Nas partidas que ele jogou teve um desempenho ótimo. A ideia é continuar”.

Outros bons concorrentes aparecem junto de Guilherme na disputa pela camisa 10. O argentino Dátolo terminou o ano em alta, titular no meio campo atleticano. Atualmente ele veste a camisa 23. Também argentino, Lucas Pratto pode usar o número dado aos craques. Embora o desejo seja vestir a 92, o jogador contratado junto do Vélez Sarsfield ainda não tem numeração definida pela diretoria do Atlético.

Pelo menos até 16 de fevereiro, quando o Atlético deve enviar a lista de inscritos para a Copa Libertadores, a camisa 10 deve continuar vaga. No amistoso com o Shakhtar e nas primeiras partidas da temporada o clube deve manter a numeração da última temporada ou usar a escalação com o tradicional de 1 a 11.