Topo

Canindé demolido, trator enterrado e Maradona. Veja dez "contos" da Lusa

Vagner Magalhães

Do UOL, em São Paulo

15/01/2015 06h00

Inaugurado há 43 anos, o estádio do Canindé, em São Paulo, tem futuro incerto. Com a Portuguesa atolada em dívidas e com receita mínima, agravada pelo rebaixamento à Série C do Campeonato Brasileiro, os dirigentes cogitam vender o terreno para que o estádio seja demolido e dê espaço para um novo empreendimento imobiliário. A direção do clube diz já ter em mãos o projeto, que incluiria a construção de um novo estádio, com cerca de 20 mil lugares. Caso o projeto vá adiante, a expectativa é a de que tudo ficaria pronto em 2020, ano do centenário da Portuguesa. 

Em dezembro, o presidente da Portuguesa, Ilídio Lico, se reuniu com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para tratar do assunto, já que parte do terreno é municipal e está em uso pela Portuguesa em regime de comodato. O vereador Marco Aurélio Cunha (PSD) viabilizou o encontro.
 
O local abrigaria além do estádio, uma sede social vertical, um hotel e um condomínio de prédios residenciais. Também está previsto um centro de convenções, estacionamento e restaurantes. No acordo, o Pacaembu seria uma das possibilidades para a Portuguesa manter seus jogos, desde que o custo seja bancado pelos investidores.
 
A situação financeira do clube é tão grave, que na semana passada cogitou-se fazer uma vaquinha entre dirigentes e conselheiros porque não havia dinheiro para pagar a inscrição dos jogadores para a disputa do Campeonato Paulista. Em fevereiro, o estádio pode ir a leilão por conta de dívidas trabalhistas.
 
No Campeonato Paulista, inclusive, a Portuguesa terá dificuldades para atuar em seu estádio, que está interditado. A interdição se deu depois da vistoria da Polícia Militar, que considerou o local inadequado para receber partidas de futebol.
 
Entre os problemas apontados estão a instalação de câmeras de segurança no estádio, além de um centro de comando. O local de entrada da torcida visitante também precisa passar por obras, assim como as calçadas de entorno do Canindé.
 
 
Com muitas pedras soltas, o local é visto como um problema, já que em caso de uma briga entre torcedores elas poderiam ser utilizadas como armas.
 
O clube também se vê as voltas com uma greve de seus funcionários, que cruzaram os braços no fim do ano passado por falta de pagamento. Com isso a parte social do clube acumula lixo e entulho, já que não está passando por qualquer tipo de manutenção.