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Desmaio, nome errado e Fora Waldemar! Lembre apresentações que deram errado

Apresentações do mercado da bola nem sempre saem conforme o planejado - Arte/UOL
Apresentações do mercado da bola nem sempre saem conforme o planejado Imagem: Arte/UOL

Do UOL, em São Paulo

19/01/2015 06h00

Se a primeira impressão é a que fica, qual é o futuro de um jogador que troca o nome do time logo na sua apresentação? E se o reforço, um tanto quanto fatigado, desmaia de cansaço? Qual é o clima para o treinador que, assim que é anunciado, sofre protestos da própria torcida?

Organizadas na melhor das intenções, como boas-vindas calorosas a um novato no clube, as apresentações nem sempre saem como se esperam. Ora embaraçosas, ora curiosas, elas podem dar errado ou sair do roteiro de diferentes maneiras, todas memoráveis.

Na lista a seguir, o UOL Esporte listou um bom número dessas excentricidades que te farão rir ou chorar (dependendo do ponto de vista):

Bem vindo ao...

Gustavo Nery comemora gol marcado pelo Corinthians contra o Grêmio, em 2007 - Eduardo Knapp/Folhapress - Eduardo Knapp/Folhapress
Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress
Nenhum erro é mais clássico que o do nome do time. E ninguém vacilou com tanta maestria quanto o ex-lateral Gustavo Nery. Quando chegou ao Corinthians, em 2005, ele se disse feliz por atuar pelo “Corinthians Futebol Clube”. Ato falho? Anos depois, quando fechou com o Inter, ele repetiu a gafe e disse que estava contente por jogar no Grêmio.

Gustavo Nery, é claro, não foi o único. Amoroso citou a “Sociedade Esportiva Corinthians” ao chegar no Parque São Jorge. Roberto Horcades, então presidente do Fluminense, chamou Fred de Fábio e Celso na apresentação do centroavante nas Laranjeiras. Paulo Odone, no Grêmio, trocou Vagner Mancini por Valter Avancini, enquanto Alberto Dualib disse ter contratado “Carpegiano” em vez de Paulo César Carpegiani.

Mal súbito

O zagueiro Paulão, contratado pelo São Paulo, que desmaiou durante sua apresentação oficial no clube, em São Paulo (SP); o jogador teve uma hipoglicemia (baixa taxa de açúcar no sangue) por não ter se alimentado no dia. - Moacyr Lopes Junior/Folhapress - Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Imagem: Moacyr Lopes Junior/Folhapress
“Um jogador sobe na vida, mas cai diante das câmeras”. Foi assim que Glenda Kozlowski, então apresentadora do Globo Esporte, apresentou Paulão, zagueiro contratado pelo São Paulo em 1999. Sem comer há dez horas, o jogador desmaiou enquanto concedia uma entrevista. Por sorte, não passou de um susto e no mesmo dia ele riu do ocorrido.

Anos depois, algo parecido aconteceria no Corinthians. Marcinho chegou, falou com a imprensa e foi fazer exames na academia, à vista dos repórteres, mas passou mal e teve de ser carregado por funcionários do clube. Assim como o caso de Paulão, não passou de um susto.

Time nada demais

Seedorf faz embaixadas para a torcida no campo do Engenhão, durante sua apresentação - Fernando Maia/UOL - Fernando Maia/UOL
Imagem: Fernando Maia/UOL
Tem quem chegue na casa nova e erre a mão ao falar do passado. Nilmar, em 2005, agradeceu o Corinthians por finalmente jogar em um time grande, “esquecendo-se” do fato de que foi revelado pelo Inter. Já Ilsinho, ao chegar no São Paulo, atacou deliberadamente o Palmeiras, clube no qual foi formado: “Parecia o Titanic afundando”.

Por outro lado, tem aqueles que são mal compreendidos. Seedorf chegou ao Botafogo em 2012 como grande astro, mas foi criticado pela comparação inusitada que fez na apresentação: “Em 2004, a Grécia ganhou a Eurocopa. Por que o Botafogo não pode ganhar o Campeonato Brasileiro?”, disse o holandês.

Fora, Waldemar!

Em 2003, o Flamengo dispensou Oswaldo de Oliveira e, em crise, decidiu efetivar o irmão dele, Waldemar Lemos, que era o auxiliar. Já na coletiva em que fez o anúncio a diretoria sentiu como seria a recepção da torcida, que demorou segundos para pedir a cabeça do novo comandante rubro-negro.

Rap dos Bad Boys

Edmundo e Romário, do Flamengo, treinam em 1995 - Patrícia Santos/Folhapress - Patrícia Santos/Folhapress
Imagem: Patrícia Santos/Folhapress
O Flamengo reuniu Romário e Edmundo no ano de seu centenário. Não contentes em unirem suas forças no time dos sonhos, os dois resolveram promover a parceria. Na apresentação do “Animal”, o Baixinho foi convidado de honra e cantou, junto com o hoje desafeto, o seguinte refrão:

“Le, le, le, ô le, le, le, á / com bad boys no seu time já pode comemorar./ Somos bad boys isso não tem nada a ver, /Cante com a gente esse rap que você vai aprender". O refrão provocativo virou funk e foi gravado por Romário e Edmundo, que não tiveram sucesso na Gávea.

Reforço que não chegou

Renato Gaúcho concede entrevista no salão nobre do Morumbi, em 1997, numa tentativa frustrada de negócio com o São Paulo - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução
Em 1997, o São Paulo abriu seu salão nobre no Morumbi para receber Renato Gaúcho, que se apresentou à imprensa, falou sobre o futuro novo clube e posou com a camisa. Só que não a vestiu. Ele dizia que queria assinar contrato somente depois de fazer os exames médicos.

Na verdade, o malandro atacante queria provocar o Fluminense, seu clube de então, que lhe devia salários. Ameaçado de perder o craque, o time carioca colocou a mão no bolso, pagou as dívidas e trouxe Renato de volta ao Rio, deixando o mico da “apresentação” nas mãos do São Paulo.

Bill, o apresentado da vez, nem teve culpa nessa. Pelo contrário, até livrou a cara da repórter que cometeu duas gafes seguidas. Primeiro ela questionou o atacante pelo desempenho no acesso do Ceará à Série em 2014. O centroavante a corrigiu, dizendo que o time nordestino, na verdade, não subiu.

Na questão seguinte, ela disse ter entrevistado o pai de Bill que, por sua vez, teria falado sobre o lado “mulherengo” do jogador. “Só se meu pai saiu debaixo do caixão. Meu pai e minha mãe infelizmente já faleceram. Sou casado, muito bem casado. O que essa pessoa falou aí e mentira. Essa minha vida agitada com mulheres já passou. Sou muito bem casado e tenho dois filhos”, disse o atacante, sem se irritar ou ser mal-educado com a profissional.

O tanquinho de Zé Roberto

Zé Roberto faz questão de tirar camisa para provar que não está fora de forma (04/06/2012) - Marinho Saldanha/UOL Esporte - Marinho Saldanha/UOL Esporte
Imagem: Marinho Saldanha/UOL Esporte
O veterano jogador foi contratado pelo Grêmio, em 2012, quando tinha 37 anos de idade. Na apresentação, Zé Roberto foi questionado sobre a forma física que apresentaria no Sul e não titubeou: “Posso tirar a camisa? Faço questão de mostrar, porque disseram que eu estava velho”, disse o meia, mostrando o tanquinho e arrancando gargalhadas de todos.

Neste começo de ano, ele repetiu o expediente. Dois anos e meio mais velho que da primeira vez, ele também mostrou a barriga sarada depois de vestir o uniforme do Palmeiras pela primeira vez.

O falso casal chinês

Zizao beija o símbolo da camisa do Corinthians - Danilo Lavieri/UOL Esporte - Danilo Lavieri/UOL Esporte
Imagem: Danilo Lavieri/UOL Esporte
Quando Zizao chegou, em 2012, o Corinthians fez uma festa exagerada para o chinês, com palco, dragões e superprodução. Na primeira fila estava um casal com um cartaz. A mulher, grávida, prometia dar ao filho o nome de Zizao.

A homenagem era uma suposta amostra da popularidade do jogador, e os pais subiram ao palco para fotos e entrevistas. Dias depois, a imprensa descobriu que tratava-se de um casal de atores forjando a história. Até hoje ninguém descobriu qual foi o motivo e quem organizou a armação.

Com que roupa?

02.jul.2013 - Vestindo Nike, atacante Mario Götze é apresentado como novo reforço do Bayern de Munique, clube patrocinado pela Adidas - EFE/Alexander Hassenstein - EFE/Alexander Hassenstein
Imagem: EFE/Alexander Hassenstein
Essa é uma gafe mais comercial, mas ainda assim tem seu valor. Mario Gotze trocou o Borussia Dortmund pelo Bayern de Munique em uma negociação polêmica em 2013. Na chegada ao novo clube, entrou na sala de imprensa enfiado em uma camiseta com um logotipo enorme da Nike, sua patrocinadora pessoal.

O problema? O Bayern de Munique é um dos maiores parceiros da Adidas, principal concorrente da marca norte-americana, o que causou enorme burburinho e uma bronca dos cartolas alemães no atacante.