Topo

Fifa elogia Copa no Brasil, e governo diz que obras foram além do esperado

Itaquerão foi um dos estádios construídos para a Copa de 2014 - Paulo Whitaker/Reuters
Itaquerão foi um dos estádios construídos para a Copa de 2014 Imagem: Paulo Whitaker/Reuters

Guilherme Costa e Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

20/01/2015 14h37

A Fifa realizou evento nesta terça-feira (20), em São Paulo, para falar sobre o fundo de legado da Copa do Mundo de 2014. E já que o assunto era legado, a entidade aproveitou para fazer elogios à organização da competição. Em tom político, a entrevista coletiva serviu para a instituição e o governo federal defenderem as obras que foram feitas no país.

"Acho que o Brasil fez muito na Copa do Mundo. Muito além do que foi especificado pela Fifa como necessário para sediar o evento", discursou Luis Fernandes, secretário-executivo do Ministério do Esporte.

"O Brasil foi bem. Foi bem para a mídia, para os fãs. Talvez tenha havido problemas, mas eu não recebi nenhuma reclamação na minha mesa sobre qualquer questão de infraestrutura", completou Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa.

A mobilidade foi um dos aspectos usados por Fernandes e Valcke para exemplificar como o Brasil tinha feito uma boa preparação para a Copa do Mundo.

"Vejam os investimentos em aeroportos: concluímos 95%, e não há como explicar a operação que tivemos na Copa se não for com um investimento assim. Você não faz um evento do tamanho da Copa do Mundo se operar com um alto grau de atrasos. O Brasil superou as metas mais rígidas, como a da União Europeia, e isso só foi possível por causa dos investimentos que fizemos nos aeroportos", discursou o representante do Ministério do Esporte.

"Houve muita preocupação sobre os fãs que se locomoveriam pelo país, já que o Brasil é muito grande. Aeroportos, acomodação, locomoção entre aeroportos e estádios, por exemplo. Não tenho uma impressão de que tenha havido problemas", completou o secretário da Fifa.

Em dezembro de 2014, relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou que apenas 14 das 26 obras previstas em aeroportos para a Copa do Mundo haviam sido concluídas. Além disso, o custo dessas operações subiu de R$ 2,66 bilhões para R$ 4,4 bilhões.

Ainda de acordo com o relatório, algumas obras em aeroportos, como os aparatos de Confins (MG) e Fortaleza (CE), já têm contratos em fase de rescisão. O aeroporto de Porto Alegre, que tinha apenas 1,85% de conclusão nas obras até o início da Copa, agora tem 2016 como novo prazo de entrega.