Nem por todo dinheiro do mundo Simeone treinaria Brasil ou Real Madrid

Em entrevista ao site oficial da Fifa publicada nesta terça-feira, foi oferecido ao técnico Diego Simeone, do Atlético de Madri, uma hipótese interessante: a melhor oferta contratual possível e verba ilimitada, mas para treinar Real Madrid ou a seleção brasileira. Aceitaria? O ídolo argentino brincou com a situação, mas afirmou que recusaria a proposta, mesmo com todo dinheiro do mundo à disposição.

"Ah, vocês são terríveis (risos). Eu acho que eu teria que passar essa e dizer adeus ao dinheiro", disse Simeone, que se destacou na última temporada levou o Atlético de Madri ao título espanhol e à final da Liga dos Campeões, na qual foi derrotado pelo Real Madrid. Com tamanho destaque, já começa a ser cotado para cargos mais vistosos. Talvez por rivalidade, não treinaria Real Madrid e seleção brasileira.

Na entrevista, ele falou sobre a relação com os torcedores do rival madrileno. Reconhece que é odiado por alguns, mas afirma se sentir respeitado por eles, por outro lado. "Tem muita gente que chega até mim na rua e diz: sou torcedor do Real, mas eu honestamente quero te dar os parabéns. Eu gosto do jeito que vocês trabalham e como vocês se tornaram um time", contou Simeone.

A recusa à seleção brasileira tem, provavelmente, raízes na carreira como jogador. Ex-volante, ele complicou o Brasil em duas edições de Copa América e em ambas acabou como campeão: em 1991, no Chile (o título foi decidido por quadrangular final, no qual a Argentina fez 3 a 2 no Brasil), e em 1993, no Equador, quando a Argentina eliminou a seleção brasileira nas quartas de final.

Se treinar o Brasil não é um sonho, comandar a seleção de seu país é. "Eu sei que vai acontecer, um dia", afirmou, embora agora prefira desenvolver a carreira no trabalho diário de clube. "É algo que eu gostaria de fazer algum dia? Absolutamente. Eu passei 12 ou 14 anos com a seleção argentina. Foi um privilégio e uma grande parte da minha vida. Espero que isso aconteça no momento certo para as duas partes", complementou.