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Cobrado por Dilma, novo ministro vê futebol feminino como questão de honra

Guilherme Costa

Do UOL, em São Paulo

21/01/2015 16h17

“A presidenta disse: George, você tem a missão de fazer com que o futebol feminino seja atrativo e tenha campeonatos competitivos”. Anunciado no dia 23 de dezembro de 2014 como novo ocupante do Ministério do Esporte, George Hilton (PRB-MG) relatou nesta quarta-feira (21) o diálogo em tom de cobrança que ele teve com Dilma Rousseff, mandatária da República.

Hilton conversou com jornalistas em evento realizado pela Fifa em São Paulo, na sede da FPF (Federação Paulista de Futebol), para apresentar a taça da Copa do Mundo de futebol feminino de 2015, que será realizada no Canadá. O encontro também serviu para a entidade e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) mostrarem uma série de planos para o fomento da modalidade, sempre em tom extremamente político. O ministro seguiu essa linha.

“O futebol feminino para mim é uma questão de honra. Estejam certos disso: eu vou fazer esse gol”, prometeu Hilton.

O futebol feminino será uma das pautas de reunião agendada para o dia 5 de fevereiro, em São Luís. O encontro terá participações de George Hilton e de secretários de Esporte.

Em fevereiro de 2014, ainda na gestão de Aldo Rebelo (PcdoB-SP) à frente da pasta, o Ministério do Esporte lançou a pedra fundamental de um centro de excelência para o futebol feminino. O projeto está sendo realizado em Foz do Iguaçu (PR), num terreno de 43 mil metros quadrados, e servirá como sede para as seleções femininas. As equipes nacionais treinam atualmente na Granja Comary, mesmo espaço usado pelos homens.

“A construção do centro de excelência é outro trabalho que eu vou empreender com a nossa presidenta Dilma e que vai ajudar demais no fomento da prática esportiva”, disse o atual ministro.

Nesta quarta-feira, representantes da Fifa criticaram abertamente a estrutura do futebol feminino no Brasil. “Vocês têm jogadoras excelentes, mas claramente não são reconhecidos por essa modalidade. É preciso avançar a outro nível”, disse Jérôme Valcke, secretário-geral da entidade.