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Sobrou até para Vila! Santos não paga empresa e fica com gramado danificado

Ex-diretoria não pagava empresa que faz manutenção do gramado desde setembro - Samir Carvalho/UOL Esporte
Ex-diretoria não pagava empresa que faz manutenção do gramado desde setembro Imagem: Samir Carvalho/UOL Esporte

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

22/01/2015 06h00

O gramado da Vila Belmiro, bastante elogiado por sua qualidade, também foi afetado por causa da crise financeira do Santos. O UOL Esporte apurou que a ex-diretoria santista não pagava a World Sports, empresa responsável pela manutenção do gramado, desde setembro. Sendo assim, a Vila ficou sem manutenção no mês de dezembro, fato que colaborou para o mau estado da grama.

Na primeira semana de janeiro, a nova diretoria santista se reuniu com a empresa que cuida do gramado e renegociou a dívida. Por conta disso, os profissionais já voltaram a função há 15 dias. Eles trabalham na recuperação da grama, inclusive, com tratamento especial para este período do ano.  O UOL registrou as imagens do gramado danificado no início desta semana.

O Santos estreia na temporada 2015 atuando na Vila Belmiro, diante do Ituano, no dia 1º de fevereiro, às 19h30 (de Brasília), em jogo válido pela primeira rodada do Campeonato Paulista. A ideia da diretoria santista é mandar o clássico contra o São Paulo, no dia 11, válido pela quarta rodada do Estadual, também na Vila.

Em seguida, o Santos deve dar um “descanso” ao gramado do estádio Urbano Caldeira, pois deve iniciar o processo de “rodízio” em relação ao mando de jogos. O clube visa uma arrecadação mais vantajosa para amenizar a crise financeira.

O Santos está na reta final da auditoria, feita por uma empresa terceirizada, que investiga contratos e negociações da antiga gestão. O departamento jurídico do clube promete convocar uma coletiva de imprensa e divulgar, inclusive, os nomes dos possíveis culpados pela crise financeira do alvinegro praiano.

As dívidas herdadas da gestão de Odílio Rodrigues quase deixaram o Santos no escuro. Isso porque a empresa de energia elétrica foi ao CT Rei Pelé "cortar a luz" por falta de pagamento. O valor de uma das contas atrasadas de luz chega a R$ 130 mil, enquanto o valor da conta de água é de R$ 180 mil. O clube precisou fazer uma proposta de parcelamento para pagar a dívida.  

Outro motivo que preocupa o presidente Modesto Roma e companhia é o plano de saúde dos atletas. A ex-diretoria não pagou o convênio médico dos jogadores nos últimos três meses de mandato. Os dirigentes santistas quitaram dois meses de CLT (Consolidações das Leis de Trabalho) dos atletas após receberem R$ 10 milhões do Pay-per-view. No entanto, o clube ainda deve dezembro e 13º salário na carteira e quatro meses de direitos de imagem.

Os credores batem na porta do Santos todos os dias. O UOL Esporte já havia revelado no início do ano que o clube deve até a uma floricultura da cidade.

A dívida com a floricultura ainda não foi paga e chega a quase R$ 2 mil. O clube tinha um acordo com a empresa para comprar coroas e flores para homenagens prestadas, mas não pagou as últimas compras efetuadas.

Se não bastasse, os telefones dos funcionários continuam cortados por falta de pagamento. Eles só podem receber ligações. A antiga diretoria deixou uma dívida de R$ 12 mil com uma operadora de celular.