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Atlético-MG recusa primeiras ofertas, mas mantém conversas para vender Jô

O fato de Jô ter disputado a Copa do Mundo é um atrativo para os clubes interessados - Paul Gilham/Getty Images
O fato de Jô ter disputado a Copa do Mundo é um atrativo para os clubes interessados Imagem: Paul Gilham/Getty Images

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

23/01/2015 06h00

Ao que tudo indica o atacante Jô não deve defender o Atlético-MG na temporada 2015. Inicialmente fora dos planos do técnico Levir Culpi, bastou o jogador se reintegrado ao elenco para chegarem as primeiras propostas pelo artilheiro da Copa Libertadores de 2013. No entanto, as ofertas estão um pouco abaixo do esperado pelo clube. Mas a diretoria mantém conversas com empresários e outras equipes, já que a prioridade é negociar o atleta.

O UOL Esporte apurou que não é grande a diferença entre os valores oferecidos e o desejado pelo Atlético, o que só facilita uma futura transferência. Neste momento, somente um pedido de Levir Culpi para impedir o negócio. A intenção da direção do clube é vender o jogador, adquirido em 2012, junto do Internacional. Na época o Atlético pagou cerca de R$ 4,5 milhões por metade dos direitos federativos do atleta.

Além da diretoria atleticana, o próprio jogador parece inclinado a deixar a Cidade do Galo. Apesar do discurso da última semana, quando disse que usaria os gols como pedido de desculpas pelo ato de indisciplina que causou seu afastamento, em novembro do ano passado.  Jô deixou essa possibilidade aberta na entrevista coletiva concedida em 14/01.

“Estou aqui, tenho contrato, tenho que fazer meu trabalho. Ainda acho que tenho a capacidade de voltar a fazer gols, mas nunca descarto a chance de ir embora. Não há nada concreto”, respondeu Jô, ao ser questionado sobre a chance de ser negociado mesmo após a reintegração.

O possível destino não é revelado por nenhuma das partes, mas nos últimos dias o Atlético recebeu sondagens de equipes da Europa, da China e do México. Até mesmo a diferença entre o desejado pelo clube e o que já foi oferecido é algo que os envolvidos nas negociações não gostam de falar. Porém, especula-se que o Atlético deseja receber algo próximo de R$ 7 milhões pela parte que detém.

Se o prestígio de Jô com a diretoria não está alto, com a torcida parece ser bem diferente. O jogador foi ovacionado no Independência, antes do triunfo sobre o Shakhtar Donetsk. E durante a partida ele chegou a ter o nome gritado algumas vezes, mas o desejo de muitos torcedores não foi atendido pelo técnico Levir Culpi. “Situação de jogo normal. O Jô é jogador do grupo. Queria ver como o time ficava mais rápido”, explicou o treinador.

Enquanto a definição não acontece, Jô segue treinando normalmente na Cidade do Galo. O próximo desafio do Atlético é contra o Tupi, dia 1/2, às 17h, no Independência, na estreia do Campeonato Mineiro.