Entre rebeldes e renegados, Santos economiza mais de R$ 2,5 milhões por mês

Apesar de lamentar a “traição” dos jogadores que acionaram o clube na Justiça, a diretoria do Santos comemora a economia na folha salarial. Entre os atletas considerados “rebeldes” na Vila Belmiro e os liberados para outros clubes, o UOL Esporte apurou que o clube paulista economiza mais de R$ 2,5 milhões mensais.

Leandro Damião, que foi emprestado ao Cruzeiro, mas não deixou de processar o clube por falta de pagamento de salários, foi a maior economia da diretoria, mesmo clube paulista ainda tendo que desembolsar R$ 250 mil mensais para que ele jogue no clube celeste. Isso porque o centroavante recebia R$ 700 mil de ordenado na Vila Belmiro.

R$ 700 mil, aliás, é a economia mensal que o Santos faz com as saídas do zagueiro Edu Dracena e do volante Arouca. Os dois recebiam cerca de R$ 350 mil mensais.

O ex-capitão santista rescindiu contrato de forma amigável com a diretoria alvinegra. O UOL Esporte apurou que o Santos liberou o jogador ao Corinthians sem custos para se livrar do alto salário. Dracena tinha contrato com o time da Vila Belmiro até dezembro deste ano. Nos bastidores, dirigentes santistas comemoram a saída do defensor.

Arouca, por sua vez, não deve mais vestir a camisa do Santos, mesmo que seja derrotado nos tribunais. A diretoria santista já recebe pressão da torcida para não reintegrar os rebeldes, termo utilizado na Vila Belmiro para os atletas que acionaram o clube na Justiça. Por conta disso, o clube quer fazer caixa com uma possível venda do volante.

A lista de economia é extensa. Mena, que também acionou o clube na Justiça e já obteve a rescisão contratual, recebia R$ 270 mil por mês. Aranha, que seguiu o mesmo caminho e teve liminar indeferida na última quarta-feira, ganhava R$ 180 mil mensais.

Até com Alan Santos, o clube economizou. O jovem volante que se transferiu para o Coritiba recebia R$ 80 mil por mês.

A transferência de Damião ao Cruzeiro gerou mais economia ao clube. Isso porque o Santos exigiu que os mineiros aceitassem a devolução do meia Souza no negócio. Com isso, o alvinegro praiano deixa de pagar R$ 960 mil, já que o meia recebia R$ 160 mil mensais e tinha mais seis meses de empréstimo na Vila Belmiro.

A lista de economia do Santos ganha mais força ainda com a saída de Bruno Uvini, que ganhava R$ 100 mil mensais. O clube ainda “desafogou” a folha de pagamento com as rescisões de contratos dos seguintes jogadores: Nailson, Jorge Eduardo, Neto, Vinicius Simon, Rildo, Giva e Galhardo.

A diretoria do Santos adotou uma nova "política salarial". Elano e Ricardo Oliveira, por exemplo, voltaram ao clube com baixos ordenados para a realidade do futebol. O meia ganhará R$ 60 mil por mês, bem diferente da sua ultima passagem, quando recebia R$ 350 mil. Já Ricardo Oliveira receberá R$ 40 mil mensais.