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Refis facilita acordo do Cruzeiro com Caixa, mas impasse por valor é criado

Nova camisa do Cruzeiro não tem patrocinador máster, apenas nas mangas e na omoplata  - Divulgação/Cruzeiro
Nova camisa do Cruzeiro não tem patrocinador máster, apenas nas mangas e na omoplata Imagem: Divulgação/Cruzeiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

24/01/2015 06h00

A negociação para que a Caixa Econômica Federal se torne a patrocinadora máster do Cruzeiro está cada vez mais complexa. O desfecho que seria no fim deste mês foi adiado para o início de fevereiro, quando o diretor comercial Robson Pires e o diretor de marketing Marcone Barbosa se reunirão com Gerson Bordignon, superintendente nacional de Promoções e Eventos da instituição financeira. E foi criado um novo impasse referente aos valores da parceria.

A adesão do bicampeão brasileiro ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis) facilita o acordo, já que o clube tinha algumas pendências com o governo federal. A obtenção das Certidões Negativas de Débito (CNDs) também abre caminho para que seja firmado o compromisso com duração de uma temporada.

“O Cruzeiro tinha uma parceria com a Caixa Econômica Federal no atletismo e era necessário ter as CNDs. Nós já tínhamos, mas havia outro empecilho colocado pela Caixa. Com a nossa adesão ao Refis, a situação fica mais próxima”, disse Robson Pires ao UOL Esporte.

Outro ponto que atrapalharia as tratativas era a possibilidade de troca da diretoria da instituição financeira. Com a manutenção da cúpula por parte do Ministro da Fazenda Joaquim Levy, as conversas iniciadas no fim do ano passado podem ser retomadas.

Se, por um lado, as negociações parecem caminha bem, por outro, existe um contraponto que pode atrapalhar o andamento do papo. A diretoria do banco tenta reduzir o valor proposto em dezembro de 2014, conforme apurado pela reportagem.

A ideia de Gerson Bordignon é pagar cerca de R$ 15 milhões para estampar o uniforme do bicampeão brasileiro por 11 meses. O montante é idêntico ao do antigo contrato com o Banco BMG, que previa o pagamento deste valor anualmente. A diretoria do Cruzeiro pleiteia a manutenção do antigo combinado, recebendo cerca de R$ 20 milhões até dezembro.

Nos bastidores da Toca da Raposa II, o clima é de insatisfação com a tentativa de redução do pagamento por parte da Caixa Econômica Federal. A cúpula celeste, no entanto, admite um montante próximo a R$ 18 milhões, o que eles creem ser um ‘meio-termo’ entre o que o clube pretende e a instituição financeira se dispõe a pagar a partir deste ano.

Diante da dificuldade de acordo com a companhia pública, o Cruzeiro procura novos parceiros para estampar o seu uniforme. Os nomes das empresas, entretanto, não são revelados pela diretoria.