Antes exemplos, Atlético e Cruzeiro se tornam os grandes alvos do mercado
Em novembro, no Mineirão, Atlético-MG e Cruzeiro entravam em campo para decidir o título da Copa do Brasil 2014. Mas aquela partida disputada no dia 26 era mais do que uma final épica, entre os dois maiores rivais de Minas Gerais. O duelo daquela noite era a confirmação de duas temporadas em que o futebol mineiro viveu em êxtase, soberano dentro do país, com cinco grandes conquistas. Enquanto o Atlético-MG venceu uma Copa Libertadores, uma Copa do Brasil e uma Recopa, o Cruzeiro venceu o Brasileirão por duas vezes consecutivas.
Estrutura, responsabilidade administrativa, planejamento, comissão técnica fixa e grandes elencos. Tudo o que é possível um clube de futebol fazer para ser vencedor foi feito pelos principais clubes de Belo Horizonte. Se o Brasil inteiro viu aquela decisão, vencida pelo Atlético, apenas três dias depois de o Cruzeiro vencer o Brasileiro, dois meses depois os dirigentes alvinegros e celestes trabalham arduamente para manter o ritmo de conquistas.
De exemplo, a dupla mineira virou alvo do mercado, seja nacional ou internacional. Nesse quesito, o Cruzeiro tem sofrido bem mais do que o Atlético. Da equipe considerada titular em 2014, cinco jogadores já deixaram a Toca da Raposa. O lateral esquerdo Egídio, o volante Lucas Silva e os meias Ricardo Goulart e Everton Ribeiro foram vendidos. Além de Marcelo Moreno, que pertence ao Grêmio, que dificultou ao máximo a negociação para que o atacante continuasse em Minas Gerais.
Mas não foi apenas jogadores titulares que deixaram o Cruzeiro. O volante Nilton foi importante no título brasileiro de 2013 e também está fora do clube, negociado com o Internacional. O presidente Gilvan de Pinho Tavares justifica os salários oferecidos pelas outras equipes como o grande motivo da debandada.
“Se nós trouxermos atletas como o Arrascaeta para o Cruzeiro e o prendermos no clube o resto da vida, nenhum deles vai querer vir para o Cruzeiro no futuro. O Cruzeiro não é um clube que compra jogadores e depois não vende. Quando você coloca para um atleta que ele receberá cinco, seis vezes mais em outro clube, você pode desmotivá-lo. Fica praticamente impossível a gente segurar os nossos atletas”, argumentou o mandatário cruzeirense.
Se no Atlético o número de saídas foi bem menor, certamente o assédio não foi. Embora o clube tenha negociado apenas o zagueiro Réver e o atacante Diego Tardelli, outros jogadores foram procurados por demais equipes brasileiras e internacionais. O zagueiro Jemerson, o lateral direito Marcos Rocha, o lateral esquerdo Douglas Santos e o meia-atacante Luan são alguns exemplos.
Então, a diretoria e comissão técnica do Atlético adotaram uma estratégia, O clube abriu mão de apenas dois jogadores, mas ambos com salários altos. O dinheiro que entrou e o alívio na folha salarial permitiram que a diretoria recusasse algumas propostas. Mas o que não significa que não possa ter outras negociações em breve. “O Atlético recebeu várias propostas por seus jogadores. Se somarmos todas, certamente foram mais de 50 ofertas”, disse o presidente alvinegro, Daniel Nepomuceno, à Rádio Itatiaia.
E não só fora de campo que Atlético e Cruzeiro se tornaram alvos. Certamente as duas equipes vão ter muito mais dificuldades nos gramados. Considerados os dois grandes times do Brasil em 2013 e 2014, os rivais mineiros estão cientes que os adversários vão encarar os jogos de uma maneira diferente, como avalia Rafael Carioca, volante do Atlético. “Se a gente não manter o mesmo ritmo do ano passado, as outras equipes vão nos atropelar. Então temos que ter muita humildade e respeito, pois sabemos que esse ano vai ser muito mais difícil”.
Depois de quase um mês de pré-temporada e amistosos de preparação, está muito perto de Atlético e Cruzeiro iniciarem a temporada 2015, falta menos de uma semana. Ambos estreiam no Campeonato Mineiro no domingo (1/2), com o time atleticano enfrentando o Tupi, às 17h, no Independência, enquanto a equipe cruzeirense vai até Governador Valadares, para jogar contra o Democrata, às 19h30, no Mamudão.
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