Com início melhor do que Bernard, Dodô busca protagonismo no Atlético-MG

Sem dúvida nenhuma o meia-atacante Bernard é a maior revelação do Atlético-MG em muitos anos. O jogador foi vendido por 25 milhões de Euros (aproximadamente R$ 78 milhões) para o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. E a boa safra das categorias de base alvinegra continua. A bola da vez é o meia Dodô, que em números tem um começo de carreira melhor do que Bernard.

Em apenas 14 partidas na equipe profissional o jovem armador alvinegro já marcou cinco gols, o primeiro foi no oitavo jogo. Desempenho que surpreende o próprio atleta. Numa comparação com Bernard, Dodô tem início bastante animador. O atual camisa 10 Skhakhtar precisou de 29 jogos para fazer o primeiro gol pelo Atlético, sendo que o quinto ele marcou somente na partida de número 44.

O ótimo começo é sim uma surpresa para Dodô, por conta das partidas disputadas em 2014. O meia não esperava que teria tanto sucesso logo nas primeiras oportunidades. “Estava me preparando bastante para aproveitar quando a oportunidade chegasse, mas sinceramente eu não esperava que fosse tão rápido. Imaginava que seria esse ano, não esperava que ano passado seria tão maravilhoso como foi. Mas botava na cabeça que quando eu entrasse, tinha que jogar tranquilo e com personalidade. Tive bastante calma nos momentos difíceis, que é subir do júnior para o profissional. É outro clima, mais pressão e estádio cheio. Entçao procurei fazer o que fazia na base, que era jogar tranquilo e mostrar meu futebol”, comentou.

Citado por Levir Culpi sempre que o treinador é questionado sobre o substituto de Diego Tardelli, Dodô se mostra confiante. Apesar de ter apenas 20 anos, o jogador mostra tamanha personalidade que só faz crer que Levir esteja certo, ao não indicar uma nova contratação para apostar na joia atleticana. “Creio que pode ser meu ano sim. É minha primeira pré-temporada com o time profissional. Quero trabalhar bastante esse ano, estou com a motivação elevada porque pode ser uma temporada maravilhosa. Quero dar o meu melhor para entrar na história do Atlético”, disse Dodô, que não teme nem mesmo a pressão da torcida alvinegra.

“Se a torcida está me cobrando é porque estou dando resultado. Não vejo como pressão, pois se a torcida te cobra é porque ela acredita que você pode dar algo diferente em campo. Entro bem tranquilo, o grupo tem me ajudado bastante e estou bem adaptado ao time profissional”.

Raphael Guimarães ganhou o apelo Dodô por causa da aparência, já que lembra bastante o ex-atacante que fez muito sucesso em vários clubes brasileiros, especialmente no São Paulo e no Botafogo. E pelo menos nesses primeiros jogos como profissional, o apelido serve também por conta dos gols. Se o antigo Dodô era o artilheiro dos gols bonitos, o Dodô do Atlético tem trilhado o mesmo caminho.

Dos cinco gols que marcou pelo Atlético, quatro foram em belas jogadas, a exceção foi o que fez contra o Internacional, em cobrança de pênalti. “Gol é tudo igual, mas quando é bonito tem muito mais repercussão. E graças a Deus estou fazendo gols bonitos. É continuar assim, mesmo quando não tiver gols, vou procurar ajudar a equipe. A minha meta não é fazer gols, é ajudar o Atlético. Agora estou podendo fazer gols e ajudar o time, então está sendo maravilhoso”.

Embora seja um meia-armador, fazer gols não é novidade para Dodô. O jogador lembra que era assim também na base do Atlético. Apesar de ter a criação de jogadas como sua principal função, Dodô diz que sempre teve de aparecer para finalizar as jogadas.

“Minha base toda eu fiz como camisa 10, para armar jogadas, mas sempre fui cobrado e exigido para chegar na área. E eu gosto, gosto de fazer gols, gosto de dar passes também. Então o meia moderno tem que ser dinâmico, ajudar na marcação, dar passes e também fazer gols”.