Preocupado com a debandada no Santos? Assim que surgiram Neymar e Robinho
O Santos vive um momento delicado, com as contas apertadas e medalhões do elenco saindo do clube pela porta dos fundos. Para o torcedor, porém, isso não é necessariamente um mau sinal. Se puxar na memória, o alvinegro mais fanático vai lembrar que foi nesse contexto que o clube revelou as gerações de Robinho e Neymar. Não lembra? O UOL Esporte te ajuda.
Em 2002, o Santos era comandado por Marcelo Teixeira e vinha de seguidos insucessos com medalhões. Desde o primeiro mandato, o presidente trouxe reforços como Rincón, Carlos Germano, Valdo, Edmundo, Viola e Odvan. Quando o dinheiro acabou, Emerson Leão teve de trabalhar com uma geração de garotos que ainda não tinha tido o devido espaço no time titular.
Foi aí que Diego e Robinho ganharam espaço, com coadjuvantes como Alex, Léo, Elano e Renato. Juntos, foram campeões do Brasileiro de 2002, colocaram fim à fila de 18 anos e criaram a primeira geração de Meninos da Vila deste milênio.
O dinheiro da venda desses talentos fez o Santos viver altos e baixos durante anos. Em 2009, o clube estava de novo sem forças. A aposta em veteranos parecia fracassada quando o grupo de Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro assumiu o clube no fim daquele ano.
Sem grana, a gestão não fez questão de renovar com Kleber Pereira, Fabão, Sérgio (ex-goleiro do Palmeiras) e encostou Fábio Costa – meses antes, ainda tinha liberado Lúcio Flávio e Fabiano Eller. Sobrou para quem? Neymar e Paulo Henrique Ganso, que já tinham feito bom papel no Paulista do ano anterior.
Com o apoio de Robinho, Edu Dracena, Léo e os também prata-da-casa André e Wesley, o grupo conquistou a Copa do Brasil daquele ano. No seguinte, ainda levariam a Libertadores, no momento de maior sucesso do clube desde a era Pelé.
Só que a roda girou de novo, o dinheiro das vendas foi desperdiçado e o Santos se viu em uma crise financeira grave. Com salários atrasados e sem caixa, o novo presidente, Modesto Roma, viu Aranha, Arouca, Mena e Damião irem à Justiça e Edu Dracena pedir para sair. Reforços? Só quem chega de graça, como Elano, Ricardo Oliveira e Valencia.
O lado bom é que, mais uma vez, o Santos tem uma geração promissora querendo provar seu valor. Gabriel, Geuvânio e Lucas Lima, com Robinho como referência, são a esperança de que a história possa se repetir na Vila Belmiro. Se é impossível fazer uma previsão concreta, também é difícil negar as semelhanças entre as três histórias até aqui.
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