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Depois de maratona em Manaus, São Paulo quer descanso para começar Paulista

Do UOL, em São Paulo

26/01/2015 06h00

O São Paulo viveu uma situação inusitada em Manaus, onde enfrentou Vasco e Flamengo por um torneio amistoso. A Fifa recomenda que jogadores de futebol tenham pelo menos três dias de descanso entre um jogo e outro, mas no Amazonas o São Paulo teve menos de 48 horas entre a vitória sobre o Vasco, na sexta-feira, e a derrota para o Flamengo, no domingo.

A situação foi apontada pelo técnico interino Milton Cruz como um dos responsáveis pelo desempenho abaixo das expectativas de sua equipe, principalmente no duelo contra o Flamengo.

“Jogar quarta e domingo [como se se faz normalmente] é diferente de sexta e domingo. Sentimos o cansaço no fim do jogo”, afirmou o Cruz, que normalmente é auxiliar-técnico, mas assumiu o banco de reservas porque Muricy Ramalho continua internado.

A ideia do clube agora é dar descanso ao time para que os jogadores entrem com todas as energias na estreia do Campeonato Paulista contra a Penapolense, no próximo domingo.

A ideia de participar de um torneio de verão em Manaus (e aqui a palavra verão deve ser tomada em sua acepção mais quente, já que a final foi disputada sob as altas temperaturas da Amazônia) foi aprovada pela comissão técnica e pela maioria dos jogadores, apesar da exaustão após o jogo e do risco de lesões.

O goleiro Rogério Ceni, por exemplo, citou as dificuldades financeiras que o clube do Morumbi tem enfrentado como bom argumento em favor dessas viagens. “Sabemos que não é fácil, e jogos como esses ajudam o clube a fazer caixa.”

O São Paulo, como se sabe, ainda negocia para estampar seu uniforme com um patrocinador importante, o que poderia turbinar as contas do clube.  

A final vencida pelo Flamengo por 1 a 0 contou com a participação de uma torcida empolgada, o que indica que tenha sido um investimento vantajoso para os organizadores do torneio. “É importante também para jogar mais perto da nossa torcida, uma torcida que geralmente não nos consegue ver de perto”, disse Ceni.