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Jogo do campeonato do DF acaba após um minuto de bola rolando

Goleiro Vitor, do Paracatu, é atendido no gramado após um minuto de jogo - Clébio Junior/Agência Clube do Esporte DF
Goleiro Vitor, do Paracatu, é atendido no gramado após um minuto de jogo Imagem: Clébio Junior/Agência Clube do Esporte DF

Daniel Brito

Do UOL, de Brasília

26/01/2015 10h19

O campeonato de futebol do Distrito Federal pode ter entrado para a história do esporte nacional como a competição que recebeu a partida mais rápida de todos os tempos. Aconteceu na abertura do torneio local, na tarde de domingo, 25, no confronto entre o Ceilândia e o Paracatu-MG, no estádio Abadião, em Ceilândia, na periferia de Brasília, e teve a duração de pouco mais de um minuto de bola rolando.

O time mineiro, que disputa o campeonato do DF, entrou em campo com apenas sete jogadores, um goleiro e seis na linha. Paracatu possuía apenas dez atletas em condições legais de jogar, com seus nomes publicados no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF. Dos quais, dois foram vetados pelo departamento médico antes do duelo. Um foi para o banco de reservas e a formação paracatuense contra o Ceilândia era: Vitor; Flavinho e Binha; Bruno, Fabrício e Luan; Sabino e Luizinho.

Os mineiros deram início ao jogo e recuaram a bola até o goleiro Vitor. Ele a dominou e a chutou para a lateral. Em seguida, caiu no gramado, alegando contusão e sem condições de continuar. O treinador do Paracatu, o ex-atacante Alex Oliveira, com passagens por Vasco, Atlético-MG e outros 15 clubes do futebol nacional, entendeu que não conseguiria manter sua equipe no gramado e solicitou que os atletas deixassem o campo.

O relógio não havia passado de um minuto e trinta segundos. Mas o árbitro optou por esperar mais três minutos até decretar o final do jogo.

O caso vai parar no Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal.

Por sorte, não houve reação dos torcedores nas arquibancadas do Abadião porque a partida teve portões fechadas, por falta de laudos da Polícia Militar, segundo informações da Federação Brasiliense de Futebol. Dos cinco jogos da primeira rodada, três foram realizados sem a presença de público. 

Coincidentemente, no instante em que as equipes abriam a temporada local sem a presença de público, o estádio Mané Garrincha, com capacidade para 72 mil espectadores, abrigava o duelo amistoso entre Cruzeiro de Belo Horizonte e Shakhtar Donetsk, com pouco mais de 6 mil pagantes.
O duelo terminou empatado em 1 a 1.

Este é o segundo ano consecutivo que a capital do país aumenta o inventário de histórias bizarras do futebol nacional. Na rodada de abertura do campeonato de 2014, o Formosa-GO, que também disputa o torneio do DF, perdeu por W.O. para o Brasília porque os jogadores não tinham chuteiras. A direção do clube alegou que o ônibus com os calçados tinham sido furtados.