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Médico conta que biótipo e estilo influenciam em lesões de joia do Cruzeiro

Alisson oscilou entre bons momentos e lesões na temporada passada - Gualter Naves/Light Press
Alisson oscilou entre bons momentos e lesões na temporada passada Imagem: Gualter Naves/Light Press

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

26/01/2015 15h25

Em pouco mais de dois anos de trabalho entre os profissionais do Cruzeiro, Alisson coleciona boas atuações, como nos triunfos sobre Atlético-PR e Chapecoense, na edição passada do Brasileiro, mas sofre com lesões frequentes e desperdiça oportunidades de se manter entre os titulares de Marcelo Oliveira. Na semana passada, durante uma atividade da pré-temporada, o meia-atacante sofreu estiramento no músculo anterior da coxa esquerda e, desde então, se ausenta dos trabalhos na Toca da Raposa II.

O problema médico do atleta tem uma explicação. O biótipo, de um jogador forte, apesar da estatura mediana, 1,74 metro, e o estilo de atuar influenciam na incidência de contusões, de acordo com Sérgio Freire Júnior, médico do Cruzeiro.

“Por ser um atleta de um porte físico de muito músculo, mais patola que a gente fala, mais musculoso, mas de muita velocidade, de muita intensidade, ele se expõe mais a esse tipo de situação. Ele tem um maior risco de lesão. Ele não tem nenhum tipo de fraqueza ou fragilidade que seja incorrigível. É o biótipo do atleta e o estilo de jogo que ele faz”, disse ao UOL Esporte.

Aos 21 anos, o jogador enfrenta uma série de lesões. Em julho do ano passado, durante a excursão do elenco aos Estados Unidos, o apoiador machucou o tornozelo e o joelho direitos e teve que se afastar dos gramados. Ele voltou a ficar fora de combate em setembro, quando teve um estiramento na coxa esquerda detectado após revés para o Atlético-MG.

Os problemas clínicos voltaram a incomodar o jogador no fim da temporada. Depois do empate com o Palmeiras, em outubro, no Mineirão, o meia-atacante voltou a ter um problema na mesma região e se ausentou da semifinal da Copa do Brasil. Às vésperas da decisão do torneio de mata-mata, o apoiador ainda se recuperava quando sentiu dores no mesmo local do corpo e teve retorno previsto somente para 2015.

Embora as contusões tenham se tornado frequentes na curta carreira de Alisson, o médico do Cruzeiro explica que é realizado um trabalho para prevenir os problemas do jogador na Toca da Raposa II.

“O cuidado todo, em termos de fortalecimento, é feito pelo departamento médico em conjunto com as outras áreas do clube. Ele participa de um trabalho para que este tipo de caso seja minimizado”, afirmou Sérgio Freire Júnior.