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Agente de Messi admite desvio de dinheiro em jogos beneficentes, diz jornal

Jogos disputados em cinco países estão sob suspeita  - Fernando Bustamante/AP Photo
Jogos disputados em cinco países estão sob suspeita Imagem: Fernando Bustamante/AP Photo

Do UOL, em Barcelona

27/01/2015 11h01

O jornal espanhol "El Pais" destaca na edição desta terça-feira que o argentino Guillermo Marín, o assessor do jogador Lionel Messi, admitiu em depoimento à Polícia Civil espanhola desvio de dinheiro em jogos beneficentes organizados entre 2012 e 2013 com a imagem do camisa 10 do Barcelona.

A informação do jornal é de que o agente admitiu que a fundação de Messi recebeu U$ 300 mil (cerca de R$ 800 mil) por seis jogos realizados no período. A transferência do dinheiro foi feita a paraísos fiscais como Curaçao (sudeste do Caribe) e Hong Kong (China), e assim, deixou a família do jogador isenta de impostos na Espanha por conta do ganho.
 
Os jogos em que Lionel Messi estaria beneficiado com dinheiro lavado foram disputados em Cancun (México), Bogotá (Colômbia), Miami (EUA), Medellín (Colômbia), Lima (Peru) e Chicago (EUA).
 
Guillermo Marín é o representante da empresa Imagen Deportiva e amigo do pai de Messi. O jogador já garantiu à Guarda Civil que o conhece desde 2006 e que é a pessoa que se encarregou de coordenar as partidas realizadas no Peru, Colômbia, México.
 
Ainda segundo Marín, o único acordo com a empresa era de que o nome da Fundação Messi estaria nos uniformes, e o jogador receberia 300 mil dólares pelas seis partidas, e repassaria aos colegas de Barcelona, Mascherano, Dani Alves, e ao ex-goleiro Pinto. Os atletas negaram ter recebido qualquer quantia ao "El País", além dos gastos com deslocamento e hospedagem.
 
A presença de Messi nestes inquéritos é devido ao fato do jogador ser residente em Barcelona e estar obrigado a declarar sua renda na Espanha e os recursos obtidos no exterior. As investigações da Guarda Civil não têm nada a ver com o processo de fraude fiscal aberto pela Agência Tributária espanhola, pela qual o argentino pagou cinco milhões de euros para regularizar sua situação.