Alvo do São Paulo, Centurión foi descartado em 2012 por foto com arma
O São Paulo era treinado por Ney Franco, comandado por Adalberto Baptista e presidido por Juvenal Juvêncio quando teve pela primeira vez a oportunidade de contratar o meio-campista argentino Ricardo Centurión, que hoje, aos 22 anos, negocia para trocar o Racing (ARG) pelo Morumbi. O primeiro contato entre as partes aconteceu entre o fim de 2012 e o começo de 2013. Na época, no entanto, uma foto do jogador empunhando uma pistola fez com que a diretoria são-paulina o descartasse.
A foto em questão tem sua primeira publicação na internet registrada no portal argentino Tribunero e data de 19 de agosto de 2012, semanas após a estreia de Centurión pelo Racing. No fim daquele ano, o argentino – então aos 19 anos – foi oferecido ao São Paulo por um empresário quando o clube viu as negociações pelo chileno Eduardo Vargas, do Napoli (ITA), fracassarem. O presidente Juvenal Juvêncio procurava um substituto para Lucas, vendido ao Paris Saint-Germain (FRA).
Quando o nome se apresentou como uma possibilidade, o São Paulo viu em uma breve pesquisa que o jogador se envolvera na polêmica da foto com uma arma. Esse foi um dos motivos que fez com que a diretoria da época não avançasse na negociação. Neste início de ano, membros do clube – mesmo após a troca da diretoria, em 2014 – se referiam a Ricardo Centurión como “aquele da foto com a arma”. Há dois anos, no Morumbi, o argentino é lembrado mais pelo que motivou seu veto do que pelo próprio nome.
Nesta segunda-feira o presidente do Racing, Victor Blanco, falou em entrevista à rádio argentina “La Red” que o São Paulo fez uma proposta de 4 milhões de euros (R$ 11,7 milhões) por 70% dos direitos econômicos do jogador. "A oferta do São Paulo supera a cláusula de rescisão. Centurión quer deixar o Racing bem e voltar quando quiser", disse Blanco.
Agora, a diretoria do São Paulo admite que está negociando com o Racing, mas afirma que não se pronunciará sobre o caso até seu desfecho – seja positivo ou negativo. Centurión é ponta esquerda, destro e tem como características principais a velocidade e o drible. Não é um goleador, mas fez o gol que deu ao Racing o título do Campeonato Argentino de 2014. Na temporada 2013-2014, foi emprestado ao Genoa (ITA), mas não conseguiu jogar bem e voltou à Argentina.
Em 2012, do dia que Lucas foi vendido até o último jogo da temporada, o técnico Ney Franco pediu a contratação de um substituto para Lucas. Vargas não veio, Centurión também não. Quando a pré-temporada começou, os reforços para a posição foram Wallyson e Negueba. Meses depois, o São Paulo cairia na Copa Libertadores, a diretoria afastaria um grupo de sete jogadores e Ney Franco seria demitido.
Muricy Ramalho pede jogadores de velocidade, que possam atuar pelo lado de campo, desde antes do fim da temporada de 2014, assim como fez Ney Franco. Para quem joga num 4-2-3-1, a preocupação óbvia é a saída de Kaká. Acumula-se a isso o fracasso da negociação com Dudu e a saída de Osvaldo, que atuava na mesma posição. Só chegou Jonathan Cafu – como Wallyson e Negueba, em 2013.
A diretoria do Racing deve definir nos próximos dias a resposta à proposta do São Paulo, mas já afirmou que o jogador quer que a transferência seja concretizada e não deverá impor grandes obstáculos. Dessa vez, o São Paulo finalmente deverá ser reforçado por “aquele da foto com a arma”.
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