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Conca minimiza salário milionário e diz que crise do Flu pesou para saída

Conca diz que salário atrasado foi importante em decisão de deixar Fluminense - Buda Mendes/Getty Images
Conca diz que salário atrasado foi importante em decisão de deixar Fluminense Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Do UOL, no Rio de Janeiro

27/01/2015 10h10

A proposta salarial - R$ 56 milhões por um contrato de dois anos (R$ 2,3 milhões por mês) – não foi decisiva para a decisão do argentino Conca em aceitar o retorno ao futebol chinês. O meia afirma, em entrevista ao Sportv, que a decisão de assinar com o Shanghai Dongya também aconteceu por problemas internos do Fluminense. Conca afirma que se o clube estivesse organizado após a saída do patrocinador, a negociação seria mais complicada.

No Fluminense, o meia recebia R$ 750 mil por mês, três vezes menos do que ganhará na China. Os “problemas” citados por Conca estão nas dívidas que se acumulavam. A parcela da antiga parceira Unimed Rio (R$ 500 mil em direitos de imagem) já estava em dois meses de atraso.

“Com certeza os problemas internos, algumas coisas que acontecem dentro do clube, te levam a pensar que é o melhor caminho. Se tivesse um planejamento melhor seria mais difícil aceitar (a saída). Não quero falar mal de ninguém, sou grato ao Fluminense, às pessoas que estão ali. Mas não vou só pelo dinheiro, não”, reforçou Conca ao SporTV.

Conca foi alvo de clubes brasileiros, como Flamengo, São Paulo e Corinthians. O argentino admite ter recebido propostas, mas afirmou que seria complicada uma transferência para outro clube do país.

“Sempre falei que para mim era difícil sair do Fluminense para jogar em outro clube. Neste momento, começaram a surgir propostas e deixei na mão do meu advogado, ele sabia o que era melhor para mim, as melhores opções que eu tinha. Mas não aconteceu, o Fluminense decidiu que eu tinha que continuar”, citou o meia.

No Fluminense, a saída de Conca abrirá espaço na folha salarial. O argentino recebia cerca de R$ 250 mil mensais do clube, entre salários e direitos de imagem. O clube, no entanto, convive com atrasos nos pagamentos. Os jogadores não receberam o 13º e o vencimento relativo a dezembro de 2014.

Conca sabe que terá dificuldades nesta segunda passagem pelo futebol chinês. Ele já defendeu o Guangzhou Evergrande, entre 2011 e 2013. "É difícil, uma mudança muito grande. Tinha vivido isso em 2011. Também muda minha família, uma vida completamente diferente, mesmo eu conhecendo o lugar", encerrou.