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Cusparada, quebra-pau e cabeçada. Veja quem perdeu a cabeça como C. Ronaldo

Romário agride Andrei durante jogo do Fluminense em 2002 - Fernando Santos/Folhapress - Fernando Santos/Folhapress
Imagem: Fernando Santos/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

27/01/2015 06h00

No último fim de semana, Cristiano Ronaldo surpreendeu o mundo do futebol ao sair de seu temperamento concentrado para acertar um soco no brasileiro Edimar (veja o vídeo acima). O português, do alto de sua técnica de Bola de Ouro, perdeu a cabeça. Que ele não se sinta sozinho. Como ele, outros tantos personagens já passaram dos limites em campo.

Na lista a seguir, o UOL Esporte relembra alguns desses momentos marcantes:

Edmundo e o Velez

O "Animal" tem um longo histórico de confusões, dentro e fora do gramado. Na internet, porém, uma confusão em especial ficou famosa.

Em 1995, quando defendia o Flamengo, Edmundo quis provocar Zandona, do Velez, em jogo válido pela Supercopa. O que ele não esperava era a reação. O argentino, invocado, deu um "legítimo" pescotapa no atacante. O pau cantou e envolveu até Romário, mas ninguém se saiu pior que o Animal.

Pepe e seu jeitinho

O zagueiro brasileiro naturalizado português é um exemplo de como perder a linha dentro de campo. Seu histórico é longo e inclui voadora em Felipe Melo e várias pauladas em Lionel Messi.

Pouca coisa, porém, deve ser mais pesada que o chute que Pepe deu na cabeça de Casquero, do Getafe, em um jogo em 2009. Depois de uma disputa de bola na área do Real, o zagueiro se irritou com a marcação do juiz e descontou no rival, que estava no chão, indefeso. Dias depois, ele disse “não ter se reconhecido” naquele momento.

Zidane perdeu a cabeça

O meia francês estava prestes a encerrar a carreira da melhor maneira possível. Se batesse a Itália em 2006, ele terminaria a Copa como bicampeão e melhor jogador do torneio.

Na prorrogação, porém, ele jogou tudo para o alto. Ao ouvir Materazzi insultar sua família, Zizou voltou e acertou uma cabeçada no peito do zagueiro. Foi expulso na hora. Sua última cena como jogador, melancólica, foi a ida para o vestiário com a taça ao lado, intocada.

O bom-moço

Imagine uma aposta em 1994, dias antes da Copa. De todos os jogadores da seleção, quem perderia a cabeça durante o Mundial?

Leonardo, o bom-moço, seria um azarão. Mas foi ele que, nas oitavas, desferiu uma cotovelada criminosa em Tab Ramos, dos EUA. O brasileiro foi expulso, perdeu o resto da Copa por suspensão e viu o rival quebrar o nariz.

Serginho e suas peripécias

Uma lista de jogadores com pavio curto não pode ficar sem Chulapa. O ídolo de São Paulo e Santos já brigou com rivais, atacou repórteres e chutou o órgão genital de um treinador adversário.

Em uma de suas brigas mais famosas, ele encarou todo o time do Corinthians e acabou travando um duelo particular (e sem vencedores) com outro casca-grossa: Emerson Leão.

O cuspe

Quem perde a cabeça nem sempre bate. Às vezes, tenta humilhar. Chilavert, em 2001, fez isso ao acertar uma cusparada em Roberto Carlos depois de uma derrota do Paraguai para o Brasil.

No mercado nacional, uma das mais famosas é a de Neto, hoje comentarista. Em 1991, em um jogo contra o Palmeiras, ele foi expulso e explodiu. Cuspiu no rosto do árbitro José Aparecido.

Neto cumpriu suspensão, mas até hoje fala com remorso do que fez. Segundo ele, a cusparada não afetou sua carreira, mas acabou com a do juiz.

Tensão fora de campo

Não é só quem está dentro das quatro linhas que sofre com a pressão e exagera. Luiz Felipe Scolari é, reconhecidamente, pavio curto. Em 2007, em um jogo pelas Eliminatória para a Eurocopa, porém, ele passou completamente dos limites.

Então técnico de Portugal, ele entrou em uma confusão por conta de uma cobrança de lateral. Incomodado, deu um soco com a mão esquerda em Dragutinovic, o obviamente começou uma briga generalizada. Condenado por portugueses e sérvios, Felipão recuou, pediu desculpas e disse ter se acertado com o rival.

Voadora ou pênalti?

Luís Fabiano é outro que perde a  cabeça tantas vezes que já se prejudicou por isso. Sua confusão mais famosa foi em 2003, contra o River, pela Sul-Americana.

Com o jogo no fim, ele atravessou o campo para dar uma voadora em um rival e foi expulso. Privado de bater os pênaltis que definiriam aquele mata-mata, ele deu uma entrevista histórica dizendo que preferia ajudar os colegas na briga que cobrar sua penalidade.

Romário e a janelinha
O "Baixinho" nunca gostou de ser coadjuvante. No Vasco, disse que Edmundo era o bobo da corte na hierarquia em que ele era o príncipe.

Anos depois, no Fluminense, chegou a peitar o treinador Alexandre Gama dizendo que ele tinha chegado depois e queria sentar na janelinha. Quando o experiente zagueiro Andrei estreou, ele mandou o recado. Irritado, atravessou o campo e deu um tapa no grandalhão, que não ousou reagir.