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Dida vai de solução a 2º reserva em um ano. Só resta ser mentor no Inter

Aos 41 anos, Dida começa o ano atrás de Alisson e Muriel, mas não deve rescindir - Friedemann Vogel/Getty Images
Aos 41 anos, Dida começa o ano atrás de Alisson e Muriel, mas não deve rescindir Imagem: Friedemann Vogel/Getty Images

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

27/01/2015 06h00

Em 12 meses, Dida mudou radicalmente sua condição no Internacional. Passou de solução para a reserva do reserva, perdendo espaço para os irmãos Becker – Alisson e Muriel. Se no começo de 2014 era tratado como a figura experiente da defesa, no começo de uma nova temporada o ex-camisa 1 da seleção brasileira tem que se contentar com o fato de ser um mentor para os companheiros de posição.

Dida permanecerá no Beira-Rio pelo contrato, que vai até dezembro, mas também pela sua liderança. O goleiro faz parte do grupo que tem voz ativa no vestiário e junto aos dirigentes. Ele está ao lado do zagueiro Juan e os meias Alex e D’Alessandro. Para a cúpula, a mudança de status não é motivo para rescisão.

“O Dida tem muita vivência e liderança, pode ajudar o grupo e principalmente os nossos goleiros (Alisson tem 22 anos e Muriel 28). Ainda mais em uma Libertadores. Não tocamos em nenhum momento no assunto rescisão, ele está no grupo e lutará para recuperar espaço”, disse Carlos Pellegrini, diretor de futebol.

Apesar de ser elogiado, Dida levou um puxão de orelhas recentemente que veio acompanhado de uma multa superior a R$ 2 mil. Tudo por ter ido a um show da funkeira Valeska Popozuda, juntamente com Jorge Henrique, durante tratamento de uma lesão no joelho. Problema este contraído em uma pelada com funcionários do Milan, antes do Natal, e que também não caiu bem entre os dirigentes. Na reunião que definiu a punição, o goleiro ouviu uma reprimenda do então vice de futebol Luiz Fernando Costa, que faleceu no último domingo em virtude de um infarto.

Apresentado em dezembro de 2013, após não renovar com o Grêmio, Dida foi contratado para tentar repetir a história de goleiros experientes no Beira-Rio. A diretoria da época lembrou Manga e Clemer em sua argumentação pós-acerto e o primeiro semestre colaborou. Mas depois da Copa do Mundo, o time dirigido por Abel Braga passou a ter um novo goleiro e Dida foi perdendo espaço. Com a chegada de Diego Aguirre, poderia tentar voltar, mas ficou de fora da pré-temporada em Bento Gonçalves pela lesão no joelho. Deu terreno aos jovens.