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Luxa promove 'briga' e mostra que Léo Moura tem concorrente no Flamengo

Léo Moura tem contrato até o fim do Carioca e tenta manter posição de titular na lateral - Buda Mendes/Getty Images
Léo Moura tem contrato até o fim do Carioca e tenta manter posição de titular na lateral Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Do UOL, no Rio de Janeiro

28/01/2015 06h01

A titularidade de Léo Moura no Flamengo – posição considerada indiscutível há quase dez anos – já não é mais assunto fechado. Com contrato até o final do Campeonato Carioca, o lateral direito não está sozinho e se vê em posição complicada para fechar o seu ciclo em alta no clube rubro-negro. O técnico Vanderlei Luxemburgo promove “briga” pela posição com o ex-gremista Pará, que tenta superar o veterano de 36 anos na disputa.

Em todos os três jogos da pré-temporada flamenguista, o capitão Léo Moura começou como titular. No entanto, o camisa 2 percebeu que tem concorrente forte pela posição. Pará foi usado e entrou na vaga do lateral nos testes, sendo que duas vezes após o intervalo do jogo.

O duelo pela posição irá se estender ao Campeonato Carioca, torneio em que o Flamengo estreia no próximo sábado, às 19h30, contra o Macaé. Nem mesmo os recados dados por Léo Moura após a conquista do título do torneio Super Series, em Manaus, devem sensibilizar o treinador. Luxa alimenta a concorrência entre os dois jogadores.

“Sou um cara que os números falam por mim. Em dez anos, é o 12º título. Sou um cara que me preparo e sou vencedor. A minha história no Flamengo já diz”, desabafou Léo Moura após a vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo no último domingo. Neste jogo, ele deixou o campo aos 16min do segundo tempo.

Na vitória sobre o Vasco e no empate com o Shakhtar Donetsk, Pará entrou em campo para jogar todo o segundo tempo. Léo Moura só pôde atuar os primeiros 45min dos jogos. A situação é nova para o veterano, que teve poucos concorrentes durante a vitoriosa passagem pelo Rubro-Negro. As suas boas atuações também não abriram brecha para os antigos reservas.

Em 2015, porém, o prestígio de Léo Moura já não é mais o mesmo. Pará foi um pedido especial de Luxemburgo – os dois trabalharam juntos no Grêmio entre 2012 e 2013.

A tensão entre Flamengo e jogador, iniciada durante as férias e intensificada na pré-temporada em Atibaia, não teve um alívio em Manaus. O vínculo curto proposto pela diretoria e, após muitas discussões, assinado por Léo Moura foi o estopim dos problemas.

Um recado do Léo Moura através das redes sociais, em que cita características do ingrato, não foi bem aceito pela diretoria rubro-negra e gerou debates sobre o lateral. A entrevista pós-jogo contra o São Paulo, em que ressalta seu passado vitorioso pelo clube, foi mais um movimento para deixar claro seu descontentamento com os seus últimos passos como atleta do Flamengo.