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L. Fabiano brinca com idade, cita Zagallo e vê rivais "lascados" contra SP

Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

29/01/2015 12h34

A temporada começou para o São Paulo, e Luis Fabiano está muito otimista. Bem humorado, o atacante brincou muito com os jornalistas no CT da Barra Funda nesta quinta-feira, e abordou assuntos desde o atual momento do time até sua possível aposentadoria, dentro ou fora do Morumbi – tem mais um ano de contrato.

O artilheiro, com 34 anos e 199 gols com a camisa tricolor, pretende atuar por mais três temporadas, e até brincou citando uma frase célebre de Zagallo quando quesitonado sobre o fim de sua carreira. Por enquanto, porém, o foco é nessa temporada: ele está empolgado com o elenco são paulino.

O ano no São Paulo

“Espero que eu cumpra bem esse ano, pode ser o último aqui. Existe um otimismo muito grande, pelo time, pelo que fizemos ano passado. Mantivemos a base, as coisas estão mais serenas, no ano retrasado vivemos um drama tremendo (o clube lutou contra o rebaixamento no Brasileiro), recuperamos no ano passado. Espero que seja um ano feliz, para mim e para o clube, e que conquiste os objetivos nossos. Estou muito otimista que será um ano tranquilo. É a nona temporada que vou fazer, sete foram de turbulência, nunca peguei um ano tranquilo aqui (risos)”

Planos para o futuro – aposentadoria?

“Me aposentar não, vou fazer 35 anos, ainda dá para jogar. O contrato vai terminar, tem mais um ano assinado, pretendo seguir ainda,vão ter que me engolir ainda, como diz o Zagallo. Pelo menos três anos (risos). Estou feliz aqui, seria bom seguir. O que tem certo, é que tem um ano. Sem duvida, se eu for sair, é para fazer dois, três anos e chega. Aqui ou fora, três anos. Eu técnico, não dá. Imagina, ia ser expulso todo jogo, ficar lá nervoso. Jogador marrento, puto com o banco, não, não dá. Não tenho esse perfil, talvez auxiliar (risos)”.

Defenderia um rival?

“Nunca diga jamais, você não sabe o que pode acontecer. Quero jogar mais três anos de futebol, estando livre, tudo pode acontecer. Antes de tudo, escolho o São Paulo, é sempre a primeira opção, mas a gente nao sabe o que pode acontecer. Fui procurado por três clubes, dois do Brasil e um de fora, mas deixo claro que não é o momento”.

O elenco do São Paulo e os rivais

“Acho que é temos um dos melhores elencos, mas o Cruzeiro se reforçou também. Contratou, recompôs os que saíram, tem J. Baptista, Fábio. O São Paulo não fica atrás, o Palmeiras contratou todo mundo aí, quer contratar o país inteiro (risos). Mas o adversário vê Pato, Kardec, eu muitas vezes no banco eo ´pensamento é “tamo lascado”, vamos correr que o negócio vai ficar feio. Ter elenco é importante, as vezes o jogador vem do banco e muda a história, jogadores com essa qualidade”.

Companheiro de ataque – Cafu, Kardec ou Pato

“Na minha trajetória, sempre joguei com centroavante. No Sevilla jogava com Kanouté, que era estilo Kardec, gostava de movimentar, buscar espaço. Ano passado fizemos bons jogos,  a gente se completa, o Kardec não gosta de ficar parado. A minha função não muda, o treinador pede a mesma coisa para mim com o Kardec, Cafu, sozinho. Muda o estilo do time, com Cafu é um time mais rápido, pelas laterais, com Kardec mais pelo meio, mas minha função vai ser sempre a mesma. Preciso fazer a minha, porque de repente pode sobrar para mim e eu saio”.

Estreia no Paulistão

“Foco é no Penapolense domingo, quero fazer o gol 200. Queria fazer no Morumbi, mas não posso esperar né, tem jogo lá em Penápolis, depois no Pacembu. Procurei comer pouco nas férias, na janta evitava arroz e feijão, dei umas corridas aí. Mas o calor tava muito grande também, fiquei no sol, deu para manter o peso (risos). Nessa fase eu costumava comer de tudo, voltava três quilos acima. Dessa vez voltei um e meio, já perdi, estou levinho. Também mantive um fortalecimento na perna para evitar lesões. Deu certo”.

A partida diante do Penapolense será às 17h do domingo, no estádio Tenente Carriço, em Penápolis. O time titular do São Paulo deve ter Rogério; Bruno, Toloi, Edson Silva e Carlinhos; Denilson, Souza, Ganso e Michel Bastos; Kardec (Cafu) e Luis Fabiano.