Chegada de garoto ao Real levanta suspeita sobre empresa de presidente
Não é a primeira vez que uma contratação do Real Madrid levanta suspeitas sobre o presidente do clube, Florentino Pérez, e os interesses de sua empresa, a ACS. A chegada do Martin Odegaard, de 16 anos e com salário de R$ 600 mil mensais, é só mais um exemplo. Coincidência ou não, o Real tem se reforçado com estrangeiros de países onde a ACS tem (ou tenta fechar) negócios milionários. Um prato cheio para imprensa e investidores espanhóis.
No caso do promissor norueguês Odegaard, jornais da Espanha destacam que a ACS de Florentino é uma das concorrentes para executar as obras de um trem de alta velocidade na Noruega, negócio avaliado em 3 bilhões de euros. O resultado da empresa que irá perfurar 22,5 km de túneis deve ser anunciado ainda no primeiro semestre.
A própria mídia espanhola alerta que pode ser só uma coincidência, considerado o fato que a ACS tem negócios em diversos países, mas nos últimos meses o que não faltaram foram coincidências dessa natureza.
Foi assim na chegada de James Rodríguez. Na mesma época em que o Real contratou o meia colombiano, a ACS conseguiu o contrato para construir e ter a concessão durante 25 anos de uma rodovia na Colômbia, a Conexión Pacífico 1, projeto no valor de 692 milhões de euros. Florentino visitou a Colômbia e participou de evento com o presidente local, enquanto o embaixador do país era um dos convidados de honra no camarote do Real na apresentação de James.
A contratação de Chicharito Hernandez segue o mesmo roteiro. Após meses de conversas, reuniões e visitas entre Florentino e políticos mexicanos, a ACS ganhou o contrato de 430 milhões de euros para construir e gerenciar quatro estações de tratamento de água no México. A assinatura aconteceu duas semanas antes de Chicharito, reserva do Manchester United, fechar com o Real.
Até o investimento em Keylor Navas, goleiro da Costa Rica, entrou no pacote levantado pela imprensa espanhola. “Essas contratações [James e Navas] significam que Florentino terá caminho livre para negociar com os presidentes da Colômbia e da Costa Rica para empreender e realizar todo tipo de projeto, colaboração e acordos milionários”, disse um acionista da ACS, segundo o diário El Plural.
Apelidado de “tubarão branco” por sua postura agressiva no mercado, Florentino Perez se defende. “Mais de 30% do faturamento da ACS vem da Austrália e não há nenhum australiano no elenco do Real”, argumentou ele, de acordo com o AS, em uma reunião de acionistas.
Enquanto dúvidas e coincidências pairam no ar, o Real de Florentino segue acumulando títulos investimentos no futebol. Já sua empresa, a ACS, segue acumulando contratos bilionários ao redor do mundo.
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