Topo

Fred revela pressão da família para deixar Flu e aceitar proposta da China

Carmen Flores/Getty Images
Imagem: Carmen Flores/Getty Images

Do UOL, no Rio de Janeiro

30/01/2015 13h55

Mesmo há quase seis anos nas Laranjeiras, o atacante Fred teve dificuldades para convencer sua família sobre uma renovação com o Fluminense. Segundo o jogador, seus parentes o pressionaram para que aceitasse uma proposta milionária do futebol chinês, na semana passada. O capitão tricolor renovou com o clube por quatro anos, até o fim de 2018.

“Minha família queria que eu fosse para China. Não porque não gostam do Fluminense, mas não queriam que eu fosse massacrado de novo. A preocupação deles é essa. Fica lá esses três anos e depois volta para ficar 24h com a gente. Mas tenho a competição no sangue e esse sentimento de gratidão. Devagar conversei com minha família e agora eles estão felizes também”, disse Fred na coletiva em que foi anunciada sua renovação.

Segundo o atacante, a proposta chinesa foi bem superior ao contrato que fechou com o Fluminense nesta semana. Fred receberá cerca de R$ 800 mil nas Laranjeiras e ganharia quase R$ 1,5 milhão no futebol asiático.

"Quando meu irmão me trouxe a proposta... era uma coisa absurda. Era 70% líquido a mais do que vou ganhar aqui. Mas aceitei ficar porque minha permanência é uma forma de retribuir e encerrar a carreira em um clube que amo. Coloquei na balança algumas coisas”, explicou o atacante.

A pressão da família teria acontecido pelos constantes enfrentamentos com uma das torcidas organizadas do Fluminense, que tinha o camisa 9 como alvo principal de suas críticas nos últimos anos.

"Senti que estava tendo injustiça, mas encarei numa boa. Quando o bicho estava pegando para minha família, eu falei: 'Preciso descansar mentalmente.' Recebi conselhos...amigos dizendo que não dava para eu ficar. Alguns lugares que fui jogar, parecia que não era o Fluminense, era só o Fred. Mas isso me fez crescer", contou o jogador, que disse que até mesmo a mudança na diretoria da organizada fez diferença em sua decisão.

"Em alguns momentos te faz refletir. Tive problemas com membros de organizadas. Mas acho que alguma coisa já foi aliviada pela mudança na diretoria. O que mais quero é respeito. Se eu ver que não está tendo respeito ou justiça, ou eu vou lá falar. Até da imprensa. Às vezes, a matéria é colocada de uma forma... Queria que a imprensa tivesse uma relação mais próxima comigo também. Respeito é a base de tudo”, encerrou o capitão tricolor.