Em seu quarto ano de profissionalismo, o Água Santa, de Diadema, tem planos para disputar a elite do futebol paulista em 2016. O clube, que até 2011 disputava a Liga de Futebol Amador de Diadema, estreia na Série A-2 do Paulistão neste domingo, contra o Santo André.
O clube de Diadema foi fundado em 1981, quando a cidade era considerada uma das mais violentas do país. No início, migrantes das regiões Norte, Nordeste e mineiros que moravam em Diadema foram foram os pioneiros. O estádio fica próximo às margens da Imigrantes, que liga a capital paulista ao litoral.
Com o estádio Distrital do Inamar em obras e interditado pela FPF (Federação Paulista de Futebol), a partida será disputada em Barueri. O nome do clube vem da proximidade do time com a represa Billings e o mascote da equipe é Netuno, Deus romano do Mar.
A FPF justificou a interdição "em razão das condições desfavoráveis do campo de jogo, visando preservar a integridade física dos atletas". Até o ano passado, o campo era coberto por grama sintética, que foi trocada por grama natural para a disputa da A-2.
Chegaram atuar pela base do Água Santa, jogadores como Denílson, que conquistou o pentacampeonato com a seleção brasileira em 2002, Lucas e David Luiz, atualmente no Paris Sain-Germain, além do zagueiro Fábio Ferreira, entre outros.
O ex-volante Capitão, que atuou por 10 anos na Portuguesa, desempenhou o papel de diretor de futebol e participou da campanha do acesso para a Série A-3 do Campeonato Paulista.
Para Márcio Ribeiro, o técnico da equipe, que levou o time da Segunda Divisão para a Série A-3 e posteriormente para a A-2, o trabalho de longo prazo é um dos responsáveis pelo sucesso do clube. O Água Santa foi vice-campeão da Segunda Divisão e terceiro colocado na Série A-3 do ano passado.
"Começamos o trabalho bem cedo, há 60 dias. Fizemos 14 contratações, de um elenco de 27 atletas, e o nosso objetivo principal é um novo acesso", diz.
Entre os contratados estão o atacante Makanaki, campeão da Copa do Brasil de 2004 pelo Santo André e o zagueiro Carlos, que já defendeu o Atlético-PR.
No ano passado, o clube recebeu de forma oficial a concessão do estádio do Inamar por 25 anos, por parte da prefeitura de Diadema.
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