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'Shermandinho' tenta ser primeiro colombiano a fazer sucesso no Atlético-MG

Sherman Cárdenas, do Atlético Nacional, disputa jogada com Manuel Paniagua, do Guarani, do Paraguai - AFP PHOTO/Raul ARBOLEDA
Sherman Cárdenas, do Atlético Nacional, disputa jogada com Manuel Paniagua, do Guarani, do Paraguai Imagem: AFP PHOTO/Raul ARBOLEDA

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

04/02/2015 09h03

Terceiro reforço do Atlético-MG para a temporada 2015, Sherman Cárdenas não é primeiro colombiano contratado pelo clube. No entanto ele tenta fazer algo que os anteriores não conseguiram, que é brilhar com a camisa alvinegra. O apelido recebido algum tempo atrás até pode ajudar, desde que consiga jogar bem. Cárdenas também é chamado de Shermandinho, por causa de Ronaldinho Gaúcho, grande ídolo atleticano.

O meia recebeu a alcunha por ter estilo de jogo semelhante ao ex-camisa 10 do Atlético. Com dribles e passes precisos, o jogador encantou a torcida do Atlético Nacional-COL. Por lá foram quatro títulos conquistados. ‘Shermandinho’ deve chegar a Belo Horizonte nas próximas horas para fazer exames médicos e iniciar os treinos com os novos companheiros. O meia sabe que não vai ser fácil ganhar um lugar no time de Levir Culpi e justificar o apelido.

“É uma grande equipe e estávamos conversando há vários dias. Estou muito feliz com o interesse deles, porque querem que eu faça parte do projeto desse ano. Obviamente que vou com toda disposição por brigar por um lugar no time e mostrar o meu talento”, disse o novo reforço alvinegro em coletiva concedida na Colômbia, na despedida do antigo clube.

E olha que Cárdenas não vai precisa fazer muita coisa para superar o que fizeram os conterrâneos que passaram pelo Atlético. Ao todo foram três jogadores colombianos, que no total somam 30 partidas e dois gols marcados. O meia Alexander Escobar foi o primeiro. Contratado em 1996, ele disputou somente sete partidas e não marcou nenhum gol, apesar de o Atlético ter feito um bom Brasileirão naquele ano e terminado na 3ª colocação.

Em 2000 foi a vez de Gustavo Del Toro, volante contratado para disputar a Copa João Havelange, mas que atuou somente sete vezes, assim como Escobar, com a diferença de ter feito um gol ao menos. Foram passagens tão apagadas, que poucos torcedores se lembram de ambos.

O último colombiano a vestir a camisa atleticana foi Rentería, em 2009. O atacante chegou com muito cartaz, pela passagem razoável no Internacional. Porém a boa expectativa que existia na chegada não foi correspondida em campo. Ao todo foram 16 jogos e somente um gol marcado. No começo de 2010 acabou liberado por Vanderlei Luxemburgo, então treinador do Atlético.

Além de uma coletiva, Cárdenas também usou o site oficial do Atlético Nacional-COL para se despedir da torcida e justificar a decisão de atuar em outro país. O jogador escreveu uma carta aberta aos torcedores do clube de Medellín. “A possibilidade pulsante de jogar no futebol internacional, com tudo que isto representa para o crescimento de um profissional e familiar, por razões óbvias me fizeram modificar meu rumo ante a iminente oportunidade de garantir meu futuro e da minha família”.