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Presidente do Barcelona nega crime fiscal em caso Neymar e culpa antecessor

Neymar faz cara feia depois de desperdiçar um pênalti para o Barcelona contra o Villarreal - REUTERS/Gustau Nacarino
Neymar faz cara feia depois de desperdiçar um pênalti para o Barcelona contra o Villarreal Imagem: REUTERS/Gustau Nacarino

Do UOL, em São Paulo

13/02/2015 13h07

Virou briga política no Barcelona a polêmica em torno da transferência do brasileiro Neymar, que trocou o Santos pelo clube catalão em 2013. Nesta sexta-feira (13), o atual presidente da equipe espanhola, Josep María Bartomeu, disse ao juiz Pablo Ruz que não cometeu nenhum crime fiscal no negócio e culpou o antecessor Sandro Rosell pelos problemas envolvendo o acordo com o atacante.

Neymar, 23, começou a carreira no Santos e já era referência da seleção brasileira em 2013, quando a negociação com o Barcelona foi oficializada. Na época, o clube espanhol disse ter desembolsado 57,1 milhões de euros (R$ 184,26 milhões) para contratar o brasileiro.

No entanto, o Barcelona investiu 94,8 milhões de euros (R$ 306 milhões) para contar com Neymar. Por essa diferença, o clube catalão teria deixado de pagar pelo menos 2,8 milhões de euros (R$ 9,04 milhões) em impostos relacionados à transferência.

Bartomeu falou sobre o caso numa conversa de três horas com Pablo Ruz. Segundo o jornal espanhol “Marca”, o atual presidente do Barcelona atribuiu toda a responsabilidade a Rosell, que deixou o clube em janeiro de 2014 – o escândalo da transferência foi um dos principais motivos para isso.

A despeito de ter atuado como vice-presidente antes de chegar ao comando do clube, Bartomeu negou ter participado de qualquer um dos sete contratos que envolveram a transferência de Neymar. Em fevereiro de 2014, o atual mandatário havia feito um depósito de 14,5 milhões de euros (R$ 46,8 milhões) em nome do clube para regularizar a situação da instituição com a Fazenda.

De acordo com o “Marca”, grande parte da conversa de Bartomeu com o juiz foi sobre o ano fiscal em que os valores de Neymar foram declarados (2013 ou 2014). O presidente não quis conversar com jornalistas – nem na entrada e nem na saída do tribunal.