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"É uma honra usar a camisa de Ronaldinho", afirma o novo 10 do Atlético-MG

Dátolo está no Atlético-MG desde 2013 e se tornou fundamental para o time em 2014 - Pedro Vilela/Getty Images
Dátolo está no Atlético-MG desde 2013 e se tornou fundamental para o time em 2014 Imagem: Pedro Vilela/Getty Images

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

18/02/2015 10h10

Foram 20 passes para gol na temporada 2014, número que nem mesmo Ronaldinho alcançou atuando pelo Atlético-MG. Nesse sentido, a melhor temporada do astro foi em 2013, quando deu 16 assistências. Portanto, numa questão de lógica, Dátolo assumiu a camisa 10 do Atlético, que estava vaga desde o final de julho do ano passado, quando Ronaldinho deixou a Cidade do Galo.

No que depender as primeiras partidas, a escolha parece ter sido a mais certa possível. Dátolo começou a temporada 2015 com dois gols e duas assistências. E está nos pés dele muito da confiança da torcida, que acredita em mais uma grande Copa Libertadores. Se antes da divulgação da lista de inscrito para a Copa Libertadores o argentino evitava falar da camisa 10, depois da confirmação ele se mostrou bastante satisfeito.

“Primeiro uma honra, porque o último que colocou a camisa foi o Ronaldinho. Mas eu sei também que aumenta a minha responsabilidade. Sei que vou ser mais cobrado, mas é normal. Vou tentar continuar melhorando, pois é uma camisa que todos querem usar. Tenho a chance de usar e vou tentar continuar melhorando para estar acima de tudo”, comentou Dátolo, fica sem contrato em agosto e já negocia a renovação com o clube.

Apesar do bom momento, que começou na última temporada, Dátolo quer mostrar muito mais pelo Atlético. O jogador afirma que ainda não está satisfeito. Depois de trocar a camisa 23 pela 10, o argentino quer vencer a Copa Libertadores. “Tenho que seguir melhorando, porque ainda não conquistei nada. Ainda tenho muita coisa para fazer. Mais isso ainda depende do meu nível”, disse Dátolo, que espera muita dificuldade no torneio continental.

“Os times brasileiros estão acostumados a jogar esse tipo de competição, são jogos difíceis seja no Chile ou Bolívia. O jogador brasileiro está acostumado, não vai ser fácil, mas todos já sabemos o que vamos encontrar”.

Além da comissão técnica, a boa fase de Dátolo é reconhecida pelos companheiros. Se em 2013 o Atlético tinha Ronaldinho na condução da equipe até o título da Libertadores, a missão em 2015 está com Dátolo. No que depender do apoio dos companheiros, o argentino pode ser esse diferencial.

“O Dátolo evoluiu muito dentro da equipe. Qualquer jogador precisa de confiança, a gente vê como o Luan também se sente confiante. Quando é assim as coisas fluem naturalmente. Quando o jogador tem a confiança e o respaldo do grupo e do treinador, as coisas vão bem. Hoje o Dátolo é o nosso cabeça, dando assistências e fazendo gols. Temos só que parabeniza-lo por esse momento que vem desde o final do ano passado”, comentou Jô, que é outro atleta que busca encontrar essa confiança perdida.