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Goleiro do Flu adiou gol mil de Romário. Mas vibrou ao levar três de Messi

Pelo Granada-ESP, Julio cumprimenta Messi após recorde pelo Barcelona, em 2012 - Gustau Nacarino/Reuters
Pelo Granada-ESP, Julio cumprimenta Messi após recorde pelo Barcelona, em 2012 Imagem: Gustau Nacarino/Reuters

Do UOL, no Rio de Janeiro

27/02/2015 06h00

Hoje na condição de terceiro goleiro do Fluminense, Julio Cesar passa longe por enquanto de momentos históricos no futebol. Mas nem sempre foi assim. Aos 28 anos, o camisa 22 do Tricolor já participou diretamente de dois eventos marcantes do esporte: a caminhada final de Romário rumo ao gol 1000 em 2007 e o recorde de gols de Messi pelo Barcelona, em 2012.

Nas duas ocasiões, Julio Cesar saiu marcado pelo papel de coadjuvante direto na história. Em 2007, ainda no início da carreira, tinha suas primeiras chances como titular no Botafogo aos 20 anos quando enfrentou duas vezes Romário em uma semana. E o Baixinho só precisava marcar mais uma vez pelo Vasco para atingir o tão esperado na época milésimo gol.

E Julio Cesar saiu 'vitorioso' do duro duelo nas duas oportunidades. Atuando pelo hoje rival Botafogo, o goleiro revelado pelo Paraná chegou a passar bem perto de entrar para a história por ter sofrido o milésimo de Romário, mas o Baixinho apenas se aproximou da bola em um dos quatro gols do Vasco na semifinal da Taça Rio daquele ano, empate por 4 a 4 que classificou o Alvinegro para decisão nos pênaltis. Uma semana antes, o arqueiro já havia vencido Romário em um 2 a 0 a favor do time de General Severiano.

O triunfo no duelo com Romário serviu para projetar Julio Cesar ainda no começo de sua carreira, já que poucos goleiros são titulares de grandes clubes brasileiro aos 20 anos. Na sequência, porém, o camisa 22 do Fluminense acumulou algumas falhas no Brasileiro daquele ano e, desgastado, acabou retornando para o banco de reservas.

A passagem pelo Botafogo se encerraria menos de um ano depois, quando Julio Cesar embarcou rumo à Europa para defender o Belenenses, de Portugal. Lá, o goleiro começou uma trajetória pelo continente que duraria sete temporadas, até o retorno ao Brasil para o Fluminense, no ano passado. No período, o jogador atuou por Benfica-POR, Granada-ESP e Getafe-ESP.

E foi no Granada que Julio Cesar viveu outro momento marcante na carreira. Em 2012, o goleiro tricolor era o titular da posição na equipe espanhola quando Messi marcou três vezes em derrota do time por 5 a 3 para o Barcelona. O hat-trick valeu ao argentino o posto de maior goleador da história da equipe catalã. E fez até o camisa 22 do Fluminense 'comemorar' os gols sofridos.

"Também entrei na história por ser o goleiro do recorde de Messi. Para nós, isso é normal. Muitas vezes se faz história à custa dos outros. Neste caso, pelos gols de grande qualidade de Messi", disse Julio Cesar em entrevista ao jornal argentino Olé, na ocasião.

Hoje, Julio Cesar briga por espaço no elenco do Fluminense. O goleiro não é nem mesmo nome garantido na lista de relacionados pelo técnico Cristóvão Borges e disputa a vaga de reserva de Diego Cavalieri com Kléver, jogador revelado nas categorias de base do Tricolor que ganhou prestígio com boas atuações no ano passado.

Julio terá que se esforçar se quiser se manter no elenco do Fluminense após o fim deste ano. Há quase seis meses nas Laranjeiras, o goleiro ainda não fez sua estreia oficial pela equipe. Além disso, o Tricolor tem menor necessidade de ter dois atletas experientes para a reserva de Cavalieri, uma vez que o titular não mais tem sido convocado para a seleção brasileira.