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Há 10 anos Tite deixava o Corinthians prometendo voltar e concluir trabalho

Rogério defende pênalti cobrado por Coelho, do Corinthians, em 2005 - Fernando Santos/Folha Imagem
Rogério defende pênalti cobrado por Coelho, do Corinthians, em 2005 Imagem: Fernando Santos/Folha Imagem

Do UOL, em São Paulo

28/02/2015 06h00

Há exatos dez anos, depois de uma derrota por 1 a 0 para o São Paulo, o Corinthians demitia o técnico Tite, que terminava ali a sua primeira passagem pelo clube em que se sagraria campeão Mundial em 2012. Recontratado no início deste ano para o cargo de técnico do clube, Tite está na sua terceira passagem pelo time do Parque São Jorge. Em sua primeira passagem foram 51 jogos, com 24 vitórias, 15 empates e 12 derrotas.

Ele foi demitido por Kia Joorabchian e Alberto Dualib, então presidentes do MSI e do Corinthians. Kia nunca demonstrou muita simpatia pelo treinador. A gota d'água teria sido a escolha do lateral Coelho para bater um pênalti no clássico contra o São Paulo, quando o jogo estava 1 a 0 para o adversário. Para ele, era Tevez quem deveria ter cobrado a penalidade, aos 43 minutos do segundo tempo. Coelho perdeu a cobrança, defendida por Rogério Ceni. Após o jogo, Kia desceu ao vestiário e cobrou o técnico. Houve bate-boca entre os dois.
A decisão de demitir Tite veio depois de uma reunião em que participaram também Nesi Curi (vice-presidente) e Paulo Angione, que era executivo da parceria corintiana. Dias antes o time havia sido derrotado pelo Santos po 3 a 0 na Vila Belmiro.
Tite deixou o clube na quinta colocação do Campeonato Paulista - naquele ano disputado em turno único, por pontos corridos. Com a vitória, o São Paulo, que se sagraria campeão, abria 12 pontos de vantagem sobre os corintianos.
A primeira passagem de Tite pelo Corinthians durou menos de um ano. Contratado em maio de 2004, ele havia estreado com um empate de 1 a 1 também contra o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro.
Quando Kia Joorabchian chegou ao time, a sua intenção era a de trazer Vanderlei Luxemburgo para o cargo, que teria sido procurado ainda quando era técnico do Santos.
Ao saber do ocorrido, no início de 2005, Tite chegou a dizer que não ficaria no clube caso a parceria fosse concretizada. Sem acordo com Luxemburgo e sem opções no mercado, Kia optou por mantê-lo no cargo.
No início da temporada, Tite teve dificuldadea para montar o ataque. Roger Flores acabara de ser contratado, enquanto a promessa da chegada de Vágner Love não foi concretizada.
Assim que Tite deixou o cargo, foi contratado o técnico argentino Daniel Passarella, que ficou dois meses no cargo. Depois o time foi assumido por seu auxiliar, Márcio Bittencourt e posteriormente por Antonio Lopes, que terminaria como campeão brasileiro daquele ano.
Quando deixou o clube, Tite afirmou: "um dia volto para terminar o que não deixaram". E assim foi. O ápice ocorreu em 2012, com os inéditos títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes.