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Propostas de 4ª substituição e de uso de replay por árbitros são rejeitadas

International Board evitou colocar em prática grandes mudanças no futebol - AFP PHOTO / PAUL FAITH
International Board evitou colocar em prática grandes mudanças no futebol Imagem: AFP PHOTO / PAUL FAITH

Do UOL, em São Paulo

28/02/2015 10h55

A International Board, órgão responsável pelas regras do futebol, divulgou neste sábado (28) o resultado do seu congresso de 2015. Dentre as medidas adotadas, a entidade manteve o veto ao uso de vídeo para ajudar nas decisões da arbitragem e rejeitou a proposta de criar uma quarta substituição.

O uso de replays para ajudar a arbitragem em lances polêmicos era uma das plataformas defendidas pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, que tentará a reeleição ao cargo.

A entidade máxima do futebol também propôs a criação da quarta substituição em jogos que vão para a prorrogação. O objetivo seria fazer com que mais jogadores tivessem melhores condições físicas no tempo extra, já que normalmente os atletas em campo estão desgastados fisicamente e não conseguem evitar que o confronto seja decidido nos pênaltis.

“Ficou acordado que a proposta de uma quarta substituição na prorrogação, que figurava na ordem do dia, será abordada por painéis consultivos antes de prosseguirmos o debate”, afirmou o presidente da Federação da Irlanda do Norte, Jim Shaw, que presidiu o congresso. A mesma medida foi adotada na questão do uso de tecnologia por parte da arbitragem.

Nas categorias de base, porém, haverá mudança nas regras de substituição. Após êxito de projetos pilotos, ficou permitido que jogadores substituídos possam voltar à partida, como ocorre em modalidades como basquete e futsal.

A International Board ainda sinalizou por uma mudança na regra que determina a marcação de pênalti, expulsão e suspensão de um jogo de quem comete uma falta dentro da área em uma chance clara de gol.

“A International Board entende que o castigo é severo em demasia e que é necessário encontrar uma solução”, afirmou Shaw. “Depois de um largo debate, foi aceito inicialmente que é possível retirar uma das punições do triplo castigo”. A Fifa apresentará em março uma proposta de mudanças potenciais de seu código disciplinar ao Comitê Executivo da entidade, que tomará uma decisão.

Para alterar qualquer regra no futebol, são necessários seis dos oito votos do colegiado. Federações da Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales contam com um voto cada, enquanto a Fifa detém os outros quatro.