Topo

Grêmio compara Braian R a Jardel. Histórico e números ajudam o paralelo

Braian Rodríguez marcou 47 gols na carreira. Jardel chegou ao Grêmio com apenas 22 - Lucas Uebel/Divulgação Grêmio
Braian Rodríguez marcou 47 gols na carreira. Jardel chegou ao Grêmio com apenas 22 Imagem: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

04/03/2015 06h00

Braian Rodríguez chegou ao Grêmio para substituir Barcos, vendido ao futebol chinês, mas tem outro centroavante para usar como modelo. A estatura, o estilo de jogo e até o histórico de poucos gols foram o cenário perfeito para a diretoria do tricolor comparar o uruguaio a Jardel, ídolo do clube na década de 1990 e que também chegou a Porto Alegre sob desconfiança. Com poucos gols marcados na carreira. A diferença entre os dois está na idade: 22 do eterno camisa 16 contra 28 do charrua que se destacou no Huachipato-CHI.

“Deus me reservou uma coincidência muito, muito grande. Lembro que nos anos 1990, quando nós estávamos contratando o terceiro reserva do Vasco, que era o Jardel, eu fui recebê-lo no aeroporto e fechei a negociação que já vinha há algum tempo. O presidente Romildo Bolzan teve uma participação muito grande junto com o nosso vice de futebol Fábio Koff e o Rui, que é nosso executivo de futebol, ele já tinha iniciado a negociação. Eu cheguei no final, tive a sorte de que tenha sido fechado o negócio”, disse o diretor de futebol César Pacheco.

Jardel, contratado no começo de 1995, chegou ao antigo estádio Olímpico com 22 marcados pelo Vasco e 22 anos. Braian Rodríguez vem do Numancia, da segunda divisão espanhola, com 47 gols na carreira e 28 anos.

“Sim, fiz estes gols na minha carreira mesmo. Meu melhor momento foi no Huachipato e quero repetir isso aqui”, disse Braian. “Sou um nove que gosta de usar todo o ataque, aproveitar a proximidade com a área para fazer gol. Vai depender do técnico, mas seria bom ter jogadores que coloquem a bola na área”, completou.

Antes de acertar com o Grêmio, Braian Rodríguez virou terceira opção de ataque do Numancia. E por isto, conseguiu facilmente romper o empréstimo, acertar com o Bétis e vir ao Brasil. Até a posição na hierarquia dele ajuda na comparação com Jardel. Resta ver no campo. Entre 1995 e 1996, o camisa 16 que depois foi para Portugal marcou 67 gols em 73 partidas.